O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu nesta terça-feira, em mensagem de fim de ano, que as autoridades continuarão a luta contra os terroristas até "sua completa eliminação", após o duplo atentado suicida ocorrido no domingo e na segunda-feira na cidade de Volgogrado.

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"Continuaremos a luta contra os terroristas de maneira segura, impiedosa e consequente até sua completa eliminação", afirmou Putin, que viajou hoje à cidade de Khabarovsk, no extremo leste do país, segundo agências de notícias locais.

"Neste ano, devemos enfrentar problemas, desafios e duras provas, como os desumanos atos terroristas de Volgogrado. A Rússia sempre juntou forças e se mostrou unida", declarou Putin em discurso que será transmitido à noite pela televisão.

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Pela primeira vez em vários anos, o chefe do Kremlin ordenou o reforço da segurança em todo o território nacional, depois que dois atentados suicidas em menos de 24 horas deixaram 33 mortos em Volgogrado, antiga Stalingrado.

"Apoiaremos todos os que foram afetados (pelos atos terroristas), faremos tudo o que foi planejado, restauraremos e reconstruiremos o que tiver que ser restaurado e reconstruído", acrescentou.

Além disso, Putin garantiu a realização "no mais alto nível dos Jogos Olímpicos (de Inverno de Sochi), para os quais falta pouco mais de um mês".

Segundo analistas políticos, os Jogos de Sochi, que serão abertos no dia 7 de fevereiro, são o principal alvo da guerrilha islamita à qual pertenceriam os autores dos atentados.

A Rússia começou hoje a enterrar os corpos de pessoas que morreram nas explosões, entre eles o policial Sergei Nalibaiko, que evitou que o terrorista suicida chegasse no domingo ao salão principal da estação de trem de Volgogrado e causasse um número ainda maior de mortes.

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Volgogrado e as principais cidades do país amanheceram nesta terça com milhares de policiais nas ruas e em particular em estações de trem e aeroportos.

Embora ainda não esteja esclarecida a autoria dos atentados, a imprensa russa informou que a explosão da estação pode ter sido causada por um jovem de pai eslavo e mãe tártara, Pavel Pechionkin, que se converteu ao Islã e adquiriu o nome de Ansar Ar-rusi.

Aparentemente, o suposto terrorista, que tinha trabalhado por cinco anos em uma ambulância da república de Mari El, fugiu de casa em 2012 para se alistar na guerrilha islamita da república do Daguestão.

Segundo a agência "Interfax", as forças de segurança coletaram na segunda-feira amostras de sangue dos pais de Pechionkin para fazer um exame de DNA e confirmar a identidade do terrorista suicida que causou no domingo 18 mortes.

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