Pré-candidatos presidenciais republicanos atacaram declarações do magnata do setor imobiliário Donald Trump sobre a Síria e o presidente russo, Vladimir Putin, em debate na noite de terça-feira (10), acusando o rival de não compreender “como o mundo real funciona”.
Trump, que liderou durante meses as pesquisas de intenção de voto na corrida republicana para a Casa Branca em 2016, elogiou o empenho de Putin para combater os militantes do Estado Islâmico e disse que iria apoiar o líder russo “100%” nesse esforço.
“Se Putin quer agir duro contra o Estado Islâmico, sou totalmente a favor, 100%, e não consigo entender como alguém seria contra isso”, disse Trump durante o quarto debate presidencial dos republicanos.
“Temos que ficar espertos. Não podemos continuar a ser os policiais do mundo”, disse Trump, acrescentando que a possível derrubada de um avião russo por militantes significa que “ele não pode estar apaixonado por essas pessoas. Ele está entrando e nós podemos entrar”.
Mas Bush, ex-governador da Flórida, questionou o entendimento de Trump do conflito, dizendo que o bilionário estava “errado sobre isso.”
“Não vamos ser policiais do mundo, mas temos certeza que é melhor ser o líder mundial”, disse Bush, dizendo que a opinião do Trump sobre Putin e suas políticas na Síria eram “como um jogo de tabuleiro. É como jogar Monopoly ou algo assim. Não é desse jeito que o mundo real funciona. “
Outros candidatos republicanos disseram poucas coisas gentis sobre Putin.
“O sr. Trump deveria saber que não se deve falar com as pessoas de uma posição de fraqueza”, disse a ex-executiva Carly Fiorina.
O senador Marco Rubio, da Flórida, acrescentou: “Nunca conheci Vladimir Putin, mas sei o suficiente sobre ele para saber que é um gângster”.
Trump também ficou sob fogo por seu plano para conter a imigração, que inclui a construção de um muro na fronteira com o México e batidas policiais para identificar e deportar imigrantes indocumentados.
O governador do Estado de Ohio, John Kasich, e Bush criticaram o plano de Trump, que muitos republicanos temem que vá distanciar os eleitores hispânicos, vitais para vencer a eleição de novembro de 2016.