O governo chinês publicou nesta terça-feira (16) um relatório sobre a atual situação de suas Forças Armadas, no qual assegurou que não persegue "nenhum tipo de hegemonia" e criticou os Estados Unidos por "prejudicarem a situação na Ásia-Pacífico" com o aumento de sua presença militar na região.
O documento, reproduzido integralmente pela agência oficial "Xinhua" e apresentado em entrevista coletiva, também acusa nações vizinhas (em alusão a países como Filipinas e Vietnã) de "produzirem ações que complicam a situação".
Além disso, ressalta que o Japão "está causando problemas com a questão das ilhas Diaoyu", arquipélago disputados pelas duas nações, mas controlado de fato por Tóquio e que os japoneses denominam Senkaku.
Com relação às crescentes tensões regionais, o relatório promete que o Exército de Libertação Popular (ELP), o maior do mundo em número de soldados, "nunca atacará, a menos que seja atacado", mas especifica que "sem dúvida contra-atacará se for atacado".
Ao mesmo tempo, o gigante asiático "nunca buscará a hegemonia ou se comportará de maneira hegemônica, nem se envolverá em uma expansão militar", destaca o relatório, que, no entanto, reconhece o desejo da China de se transformar em uma "potência marítima".
Por outro lado, o documento dá pela primeira vez alguns números sobre o tamanho das Forças Armadas da China. O Exército é composto por 850 mil soldados, enquanto a Marinha tem 235 mil efetivos e a Força Aérea conta com 398 mil.
No entanto, o relatório não diz quantos membros têm os outros dois principais braços das Forças Armadas: a divisão de artilharia (responsável pelo armamento nuclear e os mísseis) e a Polícia Marinha (que costuma intervir no controle de manifestações, protestos e distúrbios sociais).
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