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Crise humanitária

Em pobreza extrema, menino de 12 anos morre após comer lixo na Venezuela

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Um grupo de pessoas protesta por melhorias salariais, em 4 de maio de 2023, em Caracas. O salário mínimo na Venezuela, que aumentou para 130 bolívares pela última vez em março de 2022, quando equivalia a 29,68 dólares, foi desvalorizado 82% chegando aos atuais 5,18 dólares, como resultado da inflação. (Foto: EFE / Miguel Gutiérrez)

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Um menino de 12 anos morreu de intoxicação alimentar após se alimentar de lixo na cidade de Maturín, na Venezuela. Segundo noticiou a BBC, devido à pobreza extrema em que vivem, a família de Manuel Arzolar costuma fazer coleta de materiais recicláveis e alimentos em um lixão municipal.

No dia 7 de abril, o menino teria ingerido algo contaminado no local e caído desacordado poucos minutos depois. Ele foi levado a um hospital regional para lavagem estomacal, mas não resistiu. A família alega lentidão no pronto atendimento e negligência médica, reclamação que não foi contestada pelas autoridades locais.

O caso chocou o país e se tornou um símbolo da crise financeira e humanitária que assola a Venezuela há mais de dez anos. Entre 2013 e 2021, a economia venezuelana contraiu mais de 75% e um quarto da população deixou o país.

Rudy Jose Arzolar Olivero, pai de Manuel, contou à BBC que a família precisou apelar para o lixo após o salário mínimo nacional cair para cerca de R$ 25 ao mês e sua esposa, segunda fonte de renda da família, falecer em 2022.

Segundo as Nações Unidas, ao menos 6,5 milhões de pessoas estão passando fome na Venezuela e 4,1% das crianças menores de 5 anos no país sofrem de desnutrição aguda.

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