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Guerra no Oriente Médio

Em resposta a Biden, Netanyahu diz que Israel vai lutar com “as unhas” se necessário

Primeiro-ministro de Israel fez declaração após EUA anunciarem suspensão de envio de armas pesadas devido à ofensiva terrestre em Rafah (Foto: EFE/EPA/AMIR COHEN)

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (9) que seu país continuará a guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza mesmo “sozinho”, numa resposta aos Estados Unidos, que retiveram o envio de armas pesadas ao parceiro devido à iminente ofensiva terrestre israelense na cidade de Rafah.

“Se tivermos que ficar sozinhos, ficaremos sozinhos”, disse Netanyahu, segundo a agência Associated Press. “Se precisarmos, lutaremos com as unhas. Mas temos muito mais do que unhas.”

Na quarta-feira (8), o secretário da Defesa dos Estados Unidos, o general Lloyd Austin, confirmou que os Estados Unidos retiveram um planejado envio de armas para Israel enquanto analisam a operação militar na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Foi suspenso o envio de um carregamento de 3,5 mil bombas, pesando mais de 900 quilos ou 225 quilos.

Depois, em entrevista à CNN, o presidente Joe Biden afirmou que os Estados Unidos não vão mais enviar armas pesadas para Israel caso ocorra a ofensiva terrestre em Rafah, apenas armamentos defensivos.

O porta-voz do Exército israelense, contra-almirante Daniel Hagari, disse nesta quinta-feira que Israel já tem as armas necessárias para a operação em Rafah, sugerindo que os carregamentos americanos não farão falta.

“O Exército tem munições para as missões que planeja, e também para as missões em Rafah – temos o que precisamos”, disse Hagari.

Os americanos se opõem a uma ofensiva terrestre em Rafah, onde estão cerca de 1,4 milhão de palestinos, a maioria deslocados pela guerra entre Israel e o Hamas iniciada em 7 de outubro.

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