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Reação

Em resposta a Bin Laden, Exército paquistanês diz que continuará luta antiterrorista

As Forças Armadas do Paquistão garantiram nesta sexta-feira que apesar dasameaças divulgadas na quinta-feira pela rede terrorista Al-Qaeda contra o regime do general Pervez Musharraf o país continuará jogando seu papel vital na guerra contra o terrorismo. Em mensagem divulgada na quinta-feira, uma voz identificada como sendo a do líder do grupo, Osama bin Laden promete revidar contra o "infiel" Pervez Musharraf, seu governo e o Exército por uma operação em uma mesquita radical na capital paquistanesa em julho.

- As ameaças covardes não levarão o governo do Paquistão a trocar sua política em relação aos terroristas e ao terrorismo - disse o porta-voz das Forças Armadas, Waheed Arshad.

A declaração de guerra da Al-Qaeda contra "o demônio Pervez Musharraf e seu exército de apóstatas" foi divulgada em mensagem no site da Al-Sahaba, uma espécie de produtora que nos últimos meses divulga os vídeos da organização terrorista. Um clérigo militante, líder de um movimento inspirado pelo Taliban, e cerca de 100 de seus seguidores foram mortos na ação na Mesquita Vermelha, citada pela rede terrorista na fita.'Jihad' de Bin Laden contra Musharraf divide paquistaneses

A convocação de Bin Laden para uma guerra santa contra o presidente do Paquistão e o Exército teve alguma repercussão nesta sexta-feira entre parte da população do conservador noroeste do país, mas muitos viram o pedido por uma jihad como um sinal de interferência.

- É agora obrigatório para os paquistaneses lutarem uma guerra santa contra Musharraf, porque ele está jogando muçulmanos contra muçulmanos para o bem da América - disse Iqbal Hussain, lavador de carros na cidade de Peshawar, noroeste do país.

Abdullah Khan, vendedor em Chaman, perto da fronteira afegã, disse que Musharraf transformou o Paquistão em um "escravo da América".

- Osama deu o recado certo, porque Musharraf está trabalhando uma agenda da América no Paquistão. Ele está matando pessoas em nome da luta contra o terrorismo - disse Khan.

Mas tal visão não é compartilhada por todos.

- O governo do general Musharraf é um assunto interno do Paquistão. Osama bin Laden não deveria interferir - afirmou Abdul Ghani, 40, mecânico também na cidade de Chaman.

Para outro residente da área, Hafiz Abdul Qayyum, Bin Laden não acredita em democracia.

- As políticas do general Musharraf são contra o islã e os muçulmanos, mas o Paquistão é um país democrático e Musharraf deve ser afastado através de meios democráticos - afirmou.

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