A turbulência social parecia ter diminuído, mas a morte de um torcedor do Colo-Colo, na terça-feira, 28, reacendeu os protestos no Chile. Ontem, outro manifestante morreu em um incêndio dentro de um supermercado que estava sendo saqueado em Santiago. Foi a terceira morte nos últimos quatro dias.
As torcidas organizadas dos principais clubes chilenos têm entoados cânticos contra o presidente Sebastián Piñera nas partidas. A violência havia diminuído, mas recomeçou nas imediações do Estádio Monumental, na noite de terça-feira, após a vitória do Colo-Colo sobre o Palestino por 3 a 0. Um torcedor do Colo-Colo, de 37 anos, foi atropelado por um caminhão da polícia.
No dia seguinte, os distúrbios continuaram e um manifestante foi atropelado por um ônibus roubado por homens encapuzados, em meio a relatos de saques de lojas, supermercados, escritórios e confrontos com tropas de choque da polícia.
Ontem, durante o saque de um supermercado em San Ramón, na região metropolitana de Santiago, mais um morto. Um homem entre 30 e 40 anos foi asfixiado pelo incêndio do estabelecimento.
Pelo menos 31 pessoas já haviam morrido desde o início das manifestações contra Piñera, em outubro. Além disso, 5.558 casos de violação de direitos humanos, incluindo de 834 menores, foram reconhecidos pela promotoria, enquanto 4.158 pessoas sofreram "pressões ilegítimas" de agentes de segurança do Estado.
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