O presidente Barack Obama se reuniu com um grupo de opositores nesta terça-feira (22) na sede da embaixada americana em Havana, um encontro no qual exaltou a valentia dos dissidentes, informou a Casa Branca.
‘Cheguei para enterrar os últimos vestígios da Guerra Fria’, diz Obama em Havana
Leia a matéria completa“Quero agradecer a todos os que vieram aqui. Com frequência é preciso ter muita valentia para fazer ativismo em Cuba”, disse Obama.
“Este é um tema no qual seguimos tendo muitas divergências com o governo de Cuba”, acrescentou.
A visita de Obama à ilha, a primeira de um presidente americano desde 1928, ocorre 15 meses após a normalização das relações entre os dois países.
O encontro contou com a presença de uma dúzia de dissidentes, incluindo Berta Soler, das Damas de Branco, Elisardo Sánchez, da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, e Guillermo Fariñas, Prêmio Sakharov 2010 para os Direitos Humanos.
“Há pessoas aqui que estiveram detidas, algumas no passado, outras muito recentemente”, comentou Obama, que já havia se reunido com alguns dos presentes nos Estados Unidos e no Panamá, durante a Cúpula das Américas do ano passado.
No domingo, pouco antes da chegada de Obama a Havana, dezenas de dissidentes foram detidos por várias horas após uma manifestação contra o governo comunista.
Posteriormente, o presidente Raúl Castro negou em uma coletiva de imprensa que existam presos políticos em Cuba, ao desafiar um jornalista a mostrar uma lista de prisioneiros.
“Parte de nossa política em relação à Cuba é que não podemos nos reunir apenas com o presidente Castro ou ter relações apenas de governo a governo. Temos que poder escutar diretamente o povo cubano e garantir que tenha uma voz”, ressaltou Obama no encontro com os opositores.
A reunião atraiu meia centena de pessoas que esperavam nos arredores da embaixada, entre elas o jovem Daniel Llorente, que carregava uma bandeira dos Estados Unidos.
“Parece-me bom que escute os dissidentes”, disse à AFP.
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