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Ditadura

Em reunião em Havana, EUA pedem que Cuba liberte todos os presos políticos

Rua em Havana, capital de Cuba: conversas sobre direitos humanos ocorrem em momento de êxodo recorde, especialmente de cubanos, rumo à fronteira sul dos Estados Unidos (Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa)

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Os Estados Unidos expressaram preocupação com a situação dos direitos humanos em Cuba e pediram que a ditadura castrista “liberte incondicionalmente todos os prisioneiros políticos”, durante uma reunião entre representantes dos dois países em Havana.

Estas questões foram discutidas durante a visita da secretária de Estado adjunta para Assuntos Consulares, Rena Bitter, e do diretor dos Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA, Ur Mendoza Jaddou, ao país caribenho, iniciada na última terça-feira e concluída nesta quinta (10), de acordo com um comunicado divulgado pela embaixada americana.

Eles também discutiram questões como a “tramitação do reagrupamento familiar cubano” e o “reinício do processamento de vistos para imigrantes no início de 2023 na embaixada dos EUA em Havana”.

Os representantes americanos se reuniram na quarta-feira com o vice-ministro das Relações Exteriores cubano, Carlos Fernández de Cossío, de acordo com a nota.

Já de acordo com um comunicado do governo cubano, a reunião abordou “a importância da retomada total dos serviços consulares e de imigração na embaixada dos EUA em Havana”. Porém, o texto não fez nenhuma referência à questão dos direitos humanos.

Este encontro ocorreu em meio a um êxodo maciço de cubanos, principalmente rumo aos Estados Unidos. No último ano fiscal (outubro de 2021 a setembro de 2022), houve um número recorde de migrantes irregulares em geral - e cubanos em particular - chegando à fronteira sul dos Estados Unidos. A migração tornou-se uma questão-chave na política interna americana.

Houve 224.607 migrantes cubanos naquele período, de acordo com o Departamento de Aduanas e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP). Além disso, a Guarda Costeira americana deteve mais de 6.182 cubanos ao longo da costa da Flórida desde 1º de outubro de 2021.

Nesse período, o governo americano emitiu 23.966 vistos para cubanos e, pela primeira vez desde 2017, cumpriu o acordo bilateral de migração de 1994, que estipula a emissão de um mínimo de 20 mil vistos por ano para cidadãos cubanos.

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