Oposição
Republicanos fazem 1º debate entre aspirantes à Casa Branca
Os republicanos realizaram ontem em New Hampshire (nordeste) seu primeiro debate televisionado para apresentar seus pretendentes à luta para derrubar o presidente democrata Barack Obama da Casa Branca nas eleições de 2012. Sete candidatos declarados ou potenciais à Presidência se reuniram em Manchester, New Hampshire, com dois objetivos em mente: atacar o presidente Barack Obama e revelar suas imagens aos eleitores republicanos de ponta a ponta dos Estados Unidos.
O ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney, aparece em primeiro lugar na corrida pela candidatura republicana, o que o tornou um alvo certo para seus rivais, entre eles a representante do Tea Party, a congressista Michele Bachmann, e o ex-governador conservador de Minesota, Tim Pawlenty.
Apesar de a batalha contra Obama pela reeleição ser travada em novembro de 2012, os republicanos enfrentam em fevereiro um grande teste nas primárias de New Hampshire.
Os republicanos apostam que Obama se encontra em uma situação vulnerável devido à ainda anêmica recuperação econômica e ao persistente desemprego, que supera 9%. Apesar disso, o Partido Republicano enfrenta tensões internas entre os moderados e a ala dura do Tea Party, o que torna imprevisível a corrida pela nomeação presidencial.
Uma das figuras mais conhecidas no debate de ontem, o ex-presidente da Câmara dos Representantes, Newt Gingrich, viu sua campanha ameaçada na semana passada quando vários integrantes de sua equipe renunciaram. Com tanta volatilidade, alguns antecipam que o relativamente desconhecido Herman Cain, único candidato afrodescendente à indicação republicana, poderá obter um grande impulso.
Cain, empresário de uma rede de pizzarias, usou seus dotes de orador para sair do nada em oposição aos políticos do establishment e atrair um crescente número de entusiastas. A última pesquisa do Gallup, divulgado no domingo, o coloca em um surpreendente terceiro lugar entre os aspirantes republicanos.
Entre os outros participantes do debate figuraram o congressista liberal do Texas, Ron Paul, e o ex-senador conservador da Pensilvânia, Rick Santorum.
O presidente americano, Barack Obama, deu início ontem a uma corrida para enfrentar a crise de emprego que atrapalha sua aspiração à reeleição em 2012, depois de ser acusado pelos republicanos de demonstrar indiferença diante da miséria dos desempregados.
Obama viajou à Carolina do Norte e à Flórida (sudeste), estados-chave para decidir sua sorte no próximo ano. A viagem ocorreu no mesmo dia do primeiro debate da campanha republicana, que fez ressoar fortes ataques à sua gestão.
O presidente reuniu seu Conselho do Emprego, um grupo de executivos de corporações e acadêmicos criado para promover ideias que ajudem a reverter a alta do desemprego, em uma fábrica da empresa líder mundial em sistemas de iluminação LED.
A mobilização se dá no momento em que a Casa Branca encontra-se na defensiva, em virtude de dados oficiais que mostram que a taxa de desemprego subiu para 9,1% no mês passado e antes que apareçam outros sinais de que a recuperação está desacelerando, depois da pior recessão em décadas.
O desemprego e a economia aparecem como os principais temas do abrupto início da corrida eleitoral para 2012, quando os republicanos começam a disputar a candidatura de seu partido.
O principal candidato, Mitt Romney, desencadeou o ataque mais forte até agora da incipiente campanha republicana, acusando Obama de ser indiferente à situação dos americanos presos no desemprego. Em um anúncio de campanha, Romney levou à luz um comentário feito por Obama de que os decepcionantes indicadores recentes de emprego representavam uma "pedra no caminho" rumo à plena recuperação econômica.
A propaganda mostra pessoas deitadas na rua que depois se levantam para declarar: "Sou americano, não uma pedra no caminho", enquanto levanta um cartaz com seu nome seguido de: "de pé com Mitt".
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, minimizou a importância do ataque, dizendo que Obama tinha usado uma frase comum no léxico inglês, e completou que a economia está "indo na direção correta", apesar de o caminho não ser reto.
Incômodo democrata
Obama disse ontem que se ele estivesse na "desgraçada" situação do congressista Anthony Weiner que foi acusado de trocar fotos indecentes e manter relacionamentos com mulheres pela internet ele renunciaria. "Eu posso lhes dizer que se fosse comigo, eu renunciaria", revelou Obama durante uma breve entrevista à NBC News, em sua primeira manifestação pública sobre o último escândalo sexual que atingiu o Congresso americano.
O caso Weiner tem sido um empecilho aos democratas na largada da campanha presidencial. O parlamentar enfrenta uma forte pressão de seu próprio partido para renunciar.
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