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Pelo menos três mil pessoas protestaram na noite desta quarta-feira, no centro de Roma, contra o "êxodo e a perseguição dos cristãos no Oriente Médio" e "pela liberdade religiosa no mundo", constatou à AFP.

Representantes religiosos e de partidos políticos italianos de direita e esquerda participaram ou deram seu apoio a esta manifestação organizada pelo vice-diretor do jornal "Corriere della Sera", o ensaísta italiano de origem egípcia Magdi Allam, grande conhecedor do islamismo.

Esta noite representará um gesto de apoio aos cristãos do Oriente, em particular do Iraque e do Líbano, mais também do missionário italiano Giancarlo Bossi, seqüestrado em 10 de junho passado nas Filipinas por dissidentes da Frente Moro Islâmica de Libertação (MLF).

Um grande retrato de Bossi foi levado ao local da manifestação, da qual participou o ex-chefe de governo Silvio Berlusconi.

"Recusar a liberdade religiosa é uma barbárie inadmissível", declarou Berlusconi aos jornalistas.

O grande rabino de Roma, Ricardo Di Segni, explicou sua participação no ato como "um dever moral" de se manifestar contra a "perseguição de uma minoria religiosa".

Monsenhor Leonardo Sandri, prefeito da congregação do Vaticano para as Igrejas orientais, apoiou a manifestação esperando que "terá resultados positivos para a Terra Santa", para os cristãos no Iraque e no Irã, para que eles não sejam obrigados a fugir de sua pátria.

A manifestação teve o apoio de inúmeros bispos italianos, entre eles o cardeal Camillo Ruini, ex-presidente da conferência episcopal e vigário do Papa para a diocese de Roma.

O Papa Bento XVI manifestou várias vezes nas últimas semanas sua preocupação com a sorte das comunidades cristãs no Oriente Médio e nos países muçulmanos e lançou apelos em favor do fim das guerras e lutas sangrentas nessas regiões.

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