O presidente americano, Barack Obama, manifestou as preocupações com armas químicas sírias em conversa por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira (29) a Casa Branca.

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Os EUA estão tentando determinar os fatos sobre o suposto uso de armas químicas na Síria. Na semana passada, autoridades americanas disseram que tinham "vários graus de confiança" de que bombas de gás sarin tinham sido empregadas na Síria -o que, se comprovado, poderia desencadear ações não especificadas contra o regime sírio. "O presidente Obama e o presidente Putin revisaram a situação na Síria, com o presidente Obama manifestando preocupação com as armas químicas sírias", de acordo com um comunicado da Casa Branca.

Os líderes concordaram em permanecer em contato sobre a questão e que o secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, continuarão a discussão sobre a Síria.

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No telefonema, Obama e Putin também falaram sobre a cooperação entre os serviços secretos dos países depois do ataque à Maratona de de Boston, supostamente perpetrados por dois tchetchenos. Obama agradeceu a Putin as informações úteis fornecidas à investigação. O ataque deixou três mortos e quase 300 feridos.

Putin e Obama destacaram também a importância da cooperação para garantir a segurança nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, balneário russo no Mar Negro, que acontecerão em fevereiro de 2014. Putin lamentou, na semana passada, que, "de forma direta ou indireta", os países ocidentais tenham apoiado os radicais islâmicos do Cáucaso Norte. "Sempre me indignou quando nossos parceiros ocidentais e também os meios de comunicação ocidentais qualificavam como rebeldes e quase nunca como terroristas os terroristas do Cáucaso, que cometiam brutais, selvagens e sangrentos crimes por todo o país", criticou.

O presidente russo manifestou sua esperança de que o atentado de Boston aproxime as posturas da Rússia e EUA na luta contra as ameaças comuns. Obama e Putin devem se encontrar pessoalmente duas vezes nos próximos meses: numa cúpula do G8 na Irlanda do Norte, em junho, e na cúpula EUA-Rússia, na Rússia, em setembro.