O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, pediu neste sábado (19) aos líderes mundiais reunidos em Lima na cúpula da Apec que mantenham o planeta conectado, em um momento em que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, promove uma corrente protecionista.
“Para enfrentar a desigualdade, podemos desconectar, arriscar menos a prosperidade e ter a esperança de recuperar os postos de trabalho perdidos. Ou podemos conectar mais e trabalhar mais em uma prosperidade maior e tratar de compartilhá-la com todo mundo”, disse Zuckerberg durante seu discurso na cúpula de líderes da Ásia-Pacífico (Apec).
“Não há dúvida de que o segundo caminho é o melhor. Temos que entender que esse caminho é também um pouco mais difícil”, considerou.
Trump responsabilizou o livre comércio – que oferece mão de obra a menor custo em outras regiões do planeta -– por ter afetado o crescimento dos Estados Unidos e reduzido os postos de trabalho.
“Desconectar é relativamente fácil. Mas conectar requer fazer um maior investimento em infraestrutura e gerar a vontade política de tomar difíceis decisões de longo prazo”, acrescentou Zuckerberg, criador de uma rede com 1,79 bilhão de usuários que caminha para se converter em uma empresa de tecnologia.
Zuckerberg, que chegou a Lima após polêmicas sobre se sua rede social ajudou a difundir notícias falsas que tenham influenciado na vitória de Trump ou sobre sua suposta falta de cooperação para combater comentários racistas, também abordou rapidamente estes temas.
“Como engenheiro sou realista sobre quão duro isto pode ser [os avanços tecnológicos]. Podemos ajudar a dar voz às pessoas mas também temos que fazer nossa parte para deter a proliferação do ódio, da violência e da desinformação”, comentou, embora tenha insistido em que o Facebook também é responsável por proteger a privacidade dos seus usuários.
Zuckerberg tem uma extensa agenda em Lima, durante a cúpula do Fórum de Cooperação Econômico Ásia-Pacífico (Apec), que inclui reuniões com altos cargos. A Apec agrupa 21 nações, entre elas, Estados Unidos, China, Rússia e Japão.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink