O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assinou nesta segunda-feira (26) um documento elaborado pelo partido governista que estabelece o compromisso de reconhecer sem contestação o resultado oficial da eleição parlamentar de 6 de dezembro.
A assinatura do documento, qualificado de farsa pela oposição, se deu em cerimônia na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável pela organização das eleições e apuração dos votos, que críticos acusam de ser alinhado ao chavismo.
“Respeitamos o árbitro eleitoral e sabemos dos tremendos avanços do sistema eleitoral que permitiram blindar a vontade popular como nunca antes nestes últimos 17 anos”, disse Maduro, numa referência ao período em que o chavismo está no poder.
“Quem ganhar, ganhou. E que perder, perdeu, nem que seja por um voto a mais ou a menos e ponto”, afirmou o presidente, num aparente alerta à oposição, que considerou fraudulenta a eleição de Maduro, em 2013, e promoveu protestos de rua.
“Palhaçada”
O secretário-geral da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), Jesus Torrealba, considerou o documento uma “palhaçada”, já que seu teor foi todo elaborado por militantes do PSUV.
Opositores e governos de vários países manifestaram preocupação com possíveis fraudes na eleição venezuelana, na qual o chavismo chega impopular e assolado por uma grave crise econômica.
Críticos pedem a presença de observadores internacionais, mas a Venezuela disse que só permitiria uma missão observadora da Unasul, bloco político sul-americano. O plano, porém, está em xeque desde que Caracas rejeitou o nome do magistrado e ex-ministro brasileiro Nelson Jobim para chefiar a missão.
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