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Durante o mês de setembro, a ditadura de Cuba, liderada por Miguel Díaz-Canel, foi responsável por promover mais de 300 ações repressivas contra opositores do regime e a população.
Segundo aponta um relatório do Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH), foram notificados ao menos 318 atos violentos contra ativistas, presos políticos e a própria sociedade, dos quais 88 casos resultaram em prisões arbitrárias e 230 foram classificados como outros abusos.
Entre as violações mais frequentes indicadas pelo documento em setembro estão o cerco a casas de opositores ligados à defesa de direitos humanos, abusos contra presos políticos nas penitenciárias, o corte de serviços telefônicos e de internet, além de ameaças, assédio moral, multas e intimações policiais.
“A situação dos direitos humanos em Cuba continua a ser preocupante e vemos que não há um posicionamento internacional sobre as atitudes das autoridades cubanas", afirmou a ONG no relatório.
"O regime da ilha aspira a uma posição no Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas que a comunidade democrática deveria rejeitar consistentemente. Da mesma forma, aguardamos a anunciada visita a Cuba do representante especial para os direitos humanos da União Europeia, Eamon Gilmore”, disse ainda a organização, que atua a partir de Madrid, na Espanha.
Cuba enfrenta uma grave crise generalizada que afeta profundamente sua população com a falta de alimentos, combustível, uma série de apagões, pobreza, a falta de mão de obra, entre outros problemas que dificultam o crescimento do país caribenho.
Diante das manifestações sociais, a ditadura de Miguel Díaz-Canel se propõe a intensificar a repressão e combater as críticas à sua gestão por meio da força e da censura.