O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, se encontrou nesta terça-feira (28) com o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, na Casa Branca, em sua primeira visita ao país desde que venceu as eleições presidenciais no último dia 19. No encontro, Milei apresentou sua posição e as medidas que pretende implementar na Argentina a partir do dia 10 de dezembro, quando assumirá oficialmente o cargo de presidente do país sul-americano.
Segundo informações do jornal argentino Clarín, Milei disse que teve uma "excelente reunião" com Sullivan e que falou sobre a situação econômica e social da Argentina, bem como sobre o "novo enquadramento" do país entre as nações que “respeitam a liberdade”. Ele também afirmou que se sentiu "muito confortável" no encontro, que durou cerca de uma hora.
O líder libertário não se reuniu com o presidente dos EUA, Joe Biden, que viajou para a cidade de Atlanta, no estado da Geórgia, para participar do funeral da ex-primeira-dama Rosalynn Carter, que faleceu no dia 19 de novembro. No entanto, ele se encontrou com Juan González, conselheiro sênior de Biden para a América Latina. Milei também almoçou nesta segunda-feira (27) com o ex-presidente dos EUA Bill Clinton (1993-2001), em Nova York, como parte de sua agenda política.
“Tivemos um excelente almoço com Chris Dodd e Bill Clinton, no qual expressamos nossa visão para a Argentina e as mudanças que são necessárias. Ambos estavam muito alinhados com as nossas ideias”, disse Milei aos repórteres após finalizar o encontro com o ex-presidente americano na segunda.
Milei não visitou o Fundo Monetário Internacional (FMI), onde a Argentina tem uma dívida de US$ 46 bilhões (R$ 225 bilhões). No entanto, membros da sua equipe econômica, como Nicolás Posse e Luis Caputo (futuro ministro da Economia do libertário), se reuniram nesta terça-feira com a diretora da entidade, Kristalina Georgieva, e a vice-diretora, Gita Gopinath. Na sexta-feira (24), Milei já havia conversado por telefone com Georgieva.
O presidente eleito também enviou seus membros da equipe econômica ao Departamento do Tesouro dos EUA, onde foram recebidos por Michael Kaplan e Jay Shambaugh, secretários adjuntos da pasta americana para o Hemisfério Ocidental e para Assuntos Internacionais, respectivamente.
Conforme noticiou o Clarín, Milei planeja implementar um ajuste fiscal mais drástico do que o pedido pelo FMI, além de reformas estruturais que envolvem a dolarização, a eliminação do Banco Central e a desregulação. O presidente eleito deverá retornar ainda nesta terça-feira para Buenos Aires, capital da Argentina, onde seguirá trabalhando na montagem de seu governo e na transição. (Com Agência EFE)
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia