No primeiro dia de sua visita ao México, o papa Francisco fez um apelo à classe política do país por mais justiça, segurança e foco no combate à corrupção.
“A experiência nos ensina que cada vez que buscamos o caminho de privilégios ou benefícios para alguns em detrimento do bem de todos, cedo ou tarde a vida em sociedade se torna um terreno fértil para a corrupção, o tráfico de drogas, a exclusão e a violência”, disse o pontífice.
A declaração ocorreu durante encontro de Francisco com o presidente Enrique Peña Nieto. Essa é a primeira vez que um mandatário mexicano recebe o chefe da Igreja Católica, um gesto repleto de simbolismo num país com cerca de 100 milhões de católicos, mas que só restabeleceu relações diplomáticas com o Vaticano em 1992.
O papa também disse que os líderes do México têm um “dever especial” no combate à corrupção e à violência no país.
Recentemente, denúncias de corrupção atingiram Peña Nieto, sua esposa e o ministro da Economia mexicano.
Depois do encontro com Peña Nieto, Francisco visitaria a catedral metropolitana. Durante a tarde, em um dos eventos mais aguardados de sua visita, celebraria uma missa na Basílica da Virgem de Guadalupe, de quem o papa se declara devoto.
O pontífice já havia manifestado sua emoção com a visita ao santuário e declarou que, após o término da missa, gostaria de rezar sozinho e em silêncio em frente à imagem da virgem.
Na sexta-feira (12), antes de chegar ao México, o papa se reuniu, em Cuba, com o líder da Igreja Ortodoxa Russa, o patriarca Cirilo. Considerado histórico, o encontro foi o primeiro entre os líderes das duas igrejas desde que elas se separaram, no Grande Cisma do Oriente, em 1054.
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