Quatro manifestantes que estavam vivendo dentro da embaixada venezuelana em Washington (EUA) há mais de um mês foram presos por policiais americanos na manhã desta quinta-feira (16) e removidos do prédio.
A embaixada era palco de um impasse entre os partidários do ditador Nicolás Maduro e os defensores do presidente interino e líder da oposição, Juan Guaidó. Protestos dentro e fora da embaixada ocorreram por quase três semanas, depois que manifestantes de grupos de esquerda, como o Code Pink, começaram a morar no prédio em 10 de abril, a convite de autoridades do regime chavista.
Carlos Vecchio, o embaixador nomeado por Guaidó e reconhecido pelo governo dos EUA, informou que a embaixada havia sido liberada.
“Obrigado ao Governo dos Estados Unidos, ao Departamento de Estado e aos órgãos de segurança por seu apoio por fazer cumprir as leis e tratados internacionais. A usurpação acabou. Seguimos avançando”, escreveu Vecchio.
Guaidó também comemorou a desocupação em suas redes sociais.
“Começa o processo de recuperação de nossas sedes diplomáticas no mundo. Obrigada à nossa diáspora por exercer soberania e recuperar nossa embaixada em Washington e a Matthew Burwick por ser vanguardista. Estaremos em todos os planos de luta pela democracia”, escreveu no Twitter, referindo-se ao venezuelano que estava acampado nas escadarias da embaixada havia 21 dias para contraprotestar a invasão.
Os organizadores do Code Pink identificaram os quatro ativistas presos como Kevin Zeese, Margaret Flowers, Adrienne Pine e David Paul.
Na terça-feira (14), a polícia divulgou uma advertência aos ativistas via megafone, dizendo que eles deveriam sair "imediatamente" e que "qualquer pessoa que se recuse... estará violando as leis federais e do Distrito de Columbia".
Os manifestantes - duas mulheres e dois homens - permaneceram dentro do prédio até serem removidos na manhã desta quinta-feira.
Mais uma ameaça de bomba
Forças de segurança de Maduro fecharam o edifício administrativo do Parlamento venezuelano na manhã desta quinta-feira, sob a alegação de uma ameaça de bomba contra o Poder Legislativo.
Uma fonte do departamento de comunicação do Parlamento informou ao jornal Efecto Cocuyo que um empregado achou uma mala suspeita no porão do edifício. Os funcionários administrativos foram evacuados enquanto uma equipe antibomba revistava o local.
Na terça-feira, uma situação semelhante havia ocorrido na sede principal da Assembleia Nacional, de maioria opositora, quando os deputados foram impedidos de realizar uma sessão por conta de um alerta de que havia explosivos no local.
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