Brasileiros que vivem no Líbano ou que estejam de passagem pelo país são orientados a sair “por meios próprios”| Foto: Foto: EFE/EPA/WAEL HAMZEH
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Depois de países como Estados Unidos, França e Reino Unido recomendarem que seus cidadãos deixem o Líbano imediatamente, a Embaixada do Brasil em Beirute também se manifestou. O comunicado foi emitido na manhã deste domingo (4) e orienta brasileiros que vivem no Líbano ou que estejam de passagem pelo país a considerarem sair "por meios próprios, até o retorno da normalidade”. As informações são da Agência Brasil.

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Em nota, a embaixada pede também que aqueles com planos de viajar para o país asiático aguardem a normalidade na região. No entanto, se a estadia no Líbano for necessária, a recomendação é “evitar permanecer no sul do país, em zonas de fronteira ou em outras áreas de reconhecido risco.

Além disso, a orientação é que brasileiros que se encontram no Líbano adotem indicações de segurança sugeridas por autoridades libanesas e reforcem medidas de precaução, como não fazer parte de aglomerações e protestos; procurar estar informado sobre a situação atual do país e acompanhar os canais de comunicação.

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Também é necessário que os brasileiros verifiquem a data de seus passaportes, que devem possuir, ao menos, seis meses de validade; e confirmem se possuem documento de nacionalidade brasileiro, como certidão de nascimento ou carteira de identidade válida brasileira ou libanesa.

Para manter os dados de cadastramento atualizados junto ao setor consular da embaixada, é preciso preencher o formulário de cadastro consular. O contato com a embaixada pode ser realizado pelo site, Facebook, pela plataforma X ou pelos e-mails consular.beirute@itamaraty.gov.br  e brasemb.beirute@itamaraty.gov.br.

Em caso de emergência, o telefone de plantão é +961 70 108 374 (plantão consular no Líbano, 24h) ou +55 61 98260-0610 (plantão consular do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, 24h).

Situação no Oriente Médio

As orientações ocorrem dias após o assassinato em Teerã do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, e do principal comandante do grupo xiita Hezbollah, Fuad Shukr, em um bombardeio no Líbano.

Israel não reivindicou a responsabilidade pela morte de Haniyeh, mas o Irã e o grupo armado libanês, assim como os rebeldes houthis do Iêmen, juraram vingança contra o Estado judeu.

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A situação colocou em risco as negociações de trégua na Faixa de Gaza, já que os islâmicos palestinos expressaram sua recusa em retomar o diálogo, e os mediadores — Egito e Catar — denunciaram que essas ações impossibilitam a construção de confiança entre as partes. Com isso, há preocupação de que a guerra em Gaza se transforme em um conflito regional. 

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (4) que está disposto a percorrer "um longo, longo caminho" nas negociações de um cessar-fogo com o Hamas, enquanto as famílias dos sequestrados na Faixa de Gaza e um número crescente de negociadores de alto escalão o pressionam para assinar um acordo.

Ao mesmo tempo, uma brigada de infantaria israelense concluiu nesta semana um exercício militar para simular "cenários de combate em território inimigo" no norte de Israel. as tropas ensaiaram cenários de combate, evacuação de vítimas, uso de camuflagem e movimentação em terrenos montanhosos e densos.