Um diplomata da Coreia do Norte, que era o embaixador interino do país na Itália, fugiu e vive escondido com sua família após pedir asilo em um país não identificado no Ocidente, disse a imprensa sul-coreana nesta quinta (3).
Jo Song-gil, 48, desapareceu no início de novembro, logo após deixar a embaixada em Roma acompanhado de sua mulher, disse o deputado sul-coreano Kim Min-ki após reunião com o Serviço Nacional de Inteligência.
"A missão do embaixador interino Jo Song-gil tinha de terminar no final de novembro passado, e ele fugiu do complexo diplomático no início do mês", disse Kim Min-ki à imprensa.
O encontro em Seul aconteceu após o jornal local JoongAng Ilbo publicar uma reportagem em que afirma que Jo pediu asilo em um país e que atualmente está escondido, com sua família sendo mantida em segurança pelo governo italiano.
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As agências de notícias Reuters e AFP afirmaram que fontes do governo italiano negaram envolvimento no caso, disseram não ter informações sobre o diplomata e afirmaram que ele não pediu asilo no país. Roma confirmou apenas que Pyongyang já apontou um novo nome para ocupar a vaga.
Jo ocupava o posto de embaixador interino na Itália desde outubro de 2017. Nessa data, a Itália expulsou o então titular do cargo, Mun Jong-nam em protesto pelo lançamento de mísseis e por um teste nuclear realizados por Pyongyang um mês antes, violando resoluções da ONU.
Segundo a publicação sul-coreana, Jo e sua mulher estavam acompanhados dos filhos quando fugiram, algo pouco comum. Em geral, os filhos de diplomatas são obrigados a permanecerem na Coreia do Norte enquanto os país servem no exterior, em uma medida para impedir deserções.
O jornal disse ainda que Jo seria filho ou genro de um funcionário de alto escalão do regime de Pyongyang.
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A obrigatoriedade de manter os filhos na Coreia do Norte foi intensificada após a chegada ao poder do ditador Kim Jong-un em 2011.
O último diplomata norte-coreano importante a desertar foi Thae Yong-ho, que abandonou seu posto de número dois da embaixada da Coreia do Norte em Londres, em 2016. Em sua autobiografia, disse que tomou a decisão para dar um futuro melhor aos filhos, exatamente após o regime exigir que a família voltasse a Coreia do Norte.
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