O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, fala aos delegados durante a reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, convocada para abordar o conflito em curso entre Israel e o grupo terrorista Hamas| Foto: EFE/EPA/EDUARDO MUNOZ
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O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, se manifestou nesta terça-feira (24), pedindo a renúncia do secretário-geral da organização, António Guterres, após seu discurso "distorcido e imoral" sobre a guerra contra o Hamas no Oriente Médio, proferido no Conselho de Segurança, em Nova York.

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“O discurso chocante do secretário-geral da ONU na reunião do Conselho de Segurança, enquanto foguetes são disparados contra todo Israel, provou conclusivamente, sem qualquer dúvida, que o secretário-geral está completamente desligado da realidade na nossa região e que ele vê o massacre cometido pelos terroristas nazistas do Hamas de uma forma distorcida e imoral”, afirmou Erdan na rede social X (antigo Twitter).

Guterres disse na abertura da reunião que os ataques da milícia palestina "não surgiram do nada", sugerindo uma justificativa para as ações terroristas iniciadas no dia 7 de outubro contra o território israelense.

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A declaração foi alvo de fortes críticas do embaixador israelense, que cancelou uma reunião marcada com a liderança da ONU.

“A sua declaração de que ‘os ataques do Hamas não aconteceram no vácuo’ expressou uma compreensão pelo terrorismo e pelo assassinato. É realmente incompreensível. É verdadeiramente triste que o chefe de uma organização que surgiu após o Holocausto tenha opiniões tão horríveis. Uma tragédia!”, disse Erdan.

Durante a sessão, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, aproveitou seu discurso para também criticar a fala do secretário-geral. “Senhor secretário-geral, em que mundo você vive? Sem dúvida, não é o nosso”, disse, acrescentando que "para Israel, a guerra é uma questão de sobrevivência".

Cohen rejeitou qualquer possibilidade de um cessar-fogo em Gaza. “Como você pode aceitar um cessar-fogo com alguém que jurou matá-lo, destruir sua própria existência?”, questionou antes de continuar sua fala.

“A resposta proporcional ao massacre de 7 de outubro é a destruição total do Hamas. Não é apenas nosso direito, é nossa obrigação", concluiu o ministro.

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Cohen elogiou o presidente americano, Joe Biden, e o secretário de Estado, Antony Blinken, "por mostrarem essa clareza moral e apoiarem Israel nestas horas sombrias".

O ministro israelense afirmou ainda que a ONU “não terá razão de existir” se as nações que a formam não ficarem do lado de Israel “e dos princípios básicos da humanidade que descreve a Carta da ONU”.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]