Justiniano: “houve desrespeito a acordos internacionais”| Foto: Valter Campanato/ABr

O embaixador da Bolívia no Brasil, Jerjes Justiniano, classificou a saída do senador boliviano Roger Molina daquele país como uma "agressão" a acordos diplomáticos e à soberania do país. "É uma agressão, é um ato inamistoso que atrasa as relações. Era para eu estar me reunindo com o Itamaraty para tratar de outros assuntos e não disso", afirmou o embaixador. "Houve desrespeito a acordos internacionais e de reciprocidade", completou.

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Justiniano disse que a fuga de Molina é um problema "isolado" que não abala a relação entre os dois países, que continuam "irmãos". "As relações nunca estiveram ameaçadas. Temos muitos assuntos bilaterais a resolver."

O embaixador disse ainda que não houve "falha" na demora em resolver o destino de Roger Molina, que ficou na embaixada brasileira por mais de 400 dias. "Não houve falha. Formamos uma comissão bilateral que estava buscando uma solução. Diplomacia não é tempo, é resultado", afirmou.

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Cancelamento

A aguardada ida do senador boliviano Roger Pinto Molina ao Senado, para explicar sua fuga da Embaixada Brasileira na Bolívia, foi cancelada após a demissão do chanceler Antonio Patriota. A ida de Molina ao Senado deveria ocorrer na tarde de ontem. Mas, com a demissão de Patriota, Roger Pinto Molina avalia quais serão os próximos passos e, por isso, decidiu cancelar a ida ao Senado brasileiro.

"O motivo do cancelamento é porque, tendo em vista o bom andamento com as notícias da exoneração do Patriota, ele decidiu não fazer a coletiva para saber qual vai ser a situação, saber como o governo vai se posicionar daqui para frente e não prejudicar as negociações", disse o advogado de Molina, Fernando Tibúrcio.