O diplomata Manoel Gomes Pereira afirmou nesta terça-feira, numa entrevista coletiva em Londres, que a delegação enviada pelo governo brasileiro para acompanhar as investigações sobre a morte do mineiro Jean Charles de Menezes ainda não viu provas de que a polícia britânica tenha tentado esconder a verdade sobre o episódio. Jean Charles foi morto a tiros, dentro de um vagão de metrô de Londres, em 22 de julho, quando agentes o confundiram com um terrorista.

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- A esta altura, não temos razões para crer que houve acobertamento - disse Gomes Pereira.

Os integrantes da delegação disseram que gostaram das explicações que ouviram da Polícia Metropolitana na noite de segunda-feira, mas que não podem emitir conclusões sem conversar com a Comissão Independente de Queixas contra a Polícia, que investiga o episódio. O encontro da delegação com os investigadores está marcado para esta quarta-feira.

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A delegação disse que está atenta à questão da gravação de vídeo que teria sido feita por uma câmera no interior da estação de metrô de Stockwell, que mostraria os últimos momentos de Jean Charles. Funcionários do metrô dizem que a câmera funcionava, mas a polícia disse nada ter encontrado nas fitas.