A postura firme de impor "força máxima" declarada neste domingo pelo primeiro-ministro, Nuri al-Maliki durante a primeira reunião do gabinete do governo de coalizão elevou as esperanças em Washington de que uma melhora na segurança poderia abrir caminho para uma retirada das tropas americanas nos Estados Unidos. Maliki disse também que vai trabalhar para completar a consolidação do Exército iraquiano, treinado pelos Estados Unidos, de forma que as tropas estrangeiras possam deixar o país seguindo um cronograma objetivo.
O embaixador dos EUA, Zalmay Khalilzad, com atuação forte nos bastidores, disse que a formação do governo, com envolvimento crucial de seus seguidores sunitas aproxima as possibilidades de retorno das 130 mil soldados americanos.
- Acredito que, com as mudanças políticas em curso - com ênfase na unidade nacional e na reconciliação, com ministros efetivo - estas condições apontem para a direção certa e que possam permitir ajustas em termos de tamanho, composição e missão de nossas forças. Caminhamos na direção da redução de nossas forças, mas isso sempre depende das condições - disse.
Em Washington, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, reafirmou neste domingo seu apoio ao novo governo iraquiano por considerar que o país será um "importante aliado contra o terrorismo".
Bush disse que entrou em contato neste domingo com o presidente, o primeiro-ministro e o presidente do Parlamento do Iraque e lhes transmitiu seu apoio porque entende "plenamente que um Iraque livre será um importante aliado na guerra contra o terror, será uma derrota devastadora para os terroristas e Al-Qaeda, e será um exemplo para os demais na região que desejam ser livres."
No entanto, Bush não mencionou quando pretende retirar as tropas americanas do Iraque, já que o país se encaminha para uma transição democrática, uma das condições que haviam sido impostas por Washington. Os Estados Unidos têm se negado a definir uma data para a retirada das tropas, afirmando sempre que o Exército americano permanecerá naquele país até que os iraquianos possam assumir por conta própria as tarefas de defesa e segurança nacionais.
Em Tóquio, a imprensa disse que 600 soldados japoneses lotados no sul do Iraque devem começar a deixar o país no próximo mês. O ministro das Relações Exteriores, Taro Aso, saudou o novo governo e disse que o Japão continuariam a apoiar os esforços do Iraque na construção de uma nova nação.
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