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O embaixador dos Estados Unidos na China, Nicholas Burns, disse nesta segunda-feira (27) que Pequim precisa mostrar mais sinceridade sobre a origem da Covid-19 se quiser trabalhar com o governo americano.
“A China deveria ser mais honesta sobre o que aconteceu há três anos, em Wuhan, com a origem da crise da Covid-19”, disse o diplomata durante um evento virtual da Câmara de Comércio dos EUA, informou a emissora CNN.
Burns, que está no cargo há pouco menos de um ano, acrescentou que tanto o balão chinês que os EUA classificaram como espião como a posição do governo do ditador Xi Jinping sobre a guerra na Ucrânia são as questões mais importantes para os Estados Unidos em relação ao país asiático.
Os comentários do diplomata são feitos um dia após o Departamento de Energia dos EUA ter se juntado a outras agências federais, como o FBI, para concluir que a Covid-19 “muito provavelmente” teve origem em um laboratório chinês, de acordo com uma reportagem do The Wall Street Journal.
O jornal observou que quatro outros departamentos dos EUA continuam a acreditar que o surto de coronavírus foi provavelmente o resultado de transmissão natural, enquanto outros dois estão indecisos.
A conclusão do Departamento de Energia é o resultado da leitura de novas informações. A pasta tem 17 laboratórios nacionais, alguns dos quais realizam investigação biológica avançada, de acordo com o jornal.
Sem confirmar as informações do artigo, o porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca, John Kirby, frisou nesta segunda-feira que não existe consenso no governo sobre a origem da pandemia e que Washington quer “fatos” a fim de evitar outras pandemias no futuro.
O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu no início de seu mandato, em maio de 2021, para o setor de inteligência investigar como a pandemia foi desencadeada.