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O embaixador dos Estados Unidos em Cabul, Karl Eikenberry, declarou-se contrário à elevação do número de soldados norte-americanos no Afeganistão, revelou uma fonte no governo. A notícia vem à tona em um momento em que o próprio presidente Barack Obama afirma que não aceitará nenhuma das opções sobre o futuro da guerra no Afeganistão sem que fique claro como e quando as forças norte-americanas passarão às autoridades afegãs a responsabilidade pela segurança do país asiático, de acordo com outra fonte em Washington.

A preocupação maior de Eikenberry é o temor de que a elevação do contingente norte-americano no Afeganistão torne o país centro-asiático mais dependente dos EUA, e não menos. Ele manifestou sua contrariedade ao aumento do número de tropas em mensagens confidenciais enviada a Washington antes de uma reunião, ocorrida ontem, de Obama com seus assessores para discutir a guerra.

Tanto a posição de Obama quanto a de Eikenberry sinalizam o ceticismo de Washington com o presidente afegão, Hamid Karzai, cujo governo tem sido alvo constante de denúncias de corrupção. A mensagem que emerge do governo norte-americano é a de que os EUA não assumirão com o Afeganistão um compromisso por tempo indeterminado. Porém, apesar da exigência de alterações nos planos, a expectativa ainda é a de que Obama se decida por uma elevação considerável do contingente norte-americano no país centro-asiático.

Os EUA já mantêm cerca de 100.000 soldados no Afeganistão. Pelos novos planos, há sugestões para que sejam enviados de 20.000 e 40.000 soldados ao país. A decisão é esperada para depois do retorno de Obama de um giro pela Ásia, a ser iniciado hoje. Ele retornará aos EUA no dia 19.

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