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O embaixador do Haiti no Brasil, Idalbert Pierre-Jean, disse nesta quarta (13) que mais importante do que a ajuda financeira é a intervenção humanitária, e solicitou o envio de bombeiros para ajudar a retirar os corpos dos escombros, nas cidades atingidas pelo terremoto ocorrido nesta terça (12).
O que precisamos, neste primeiro momento após a tragédia, é da ajuda dos Corpos de Bombeiros de outros países. Além disso precisamos de ajuda sanitária e alimentar, medicamentos, vacinas e equipamentos pesados, como guindastes, tratores e escavadeiras porque as cidades estão completamente destruídas, disse o embaixador durante coletiva de imprensa.
Segundo ele, nenhum contato oficial foi feito entre a embaixada e as autoridades haitianas. É praticamente impossível entrar em contato com eles. Das cinco companhias de telefonia celular, apenas uma funciona, mas muito mal. Alguns de nossos funcionários conseguiram falar com seus familiares, mas nenhum contato oficial pôde ser estabelecido, disse o embaixador.
Pierre-Jean disse que desde ontem noite tem mantido contato permanente com as autoridades brasileiras e, em especial, com o gabinete do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e com a Presidência da República, para definir em que medidas o Brasil pode intervir para ajudar a nação haitiana. No entanto ainda não temos uma estimativa completa das autoridades locais sobre o que será necessário. O governo brasileiro já anunciou que ajudará financeiramente o Haiti.
O terremoto afetou também cidades da região metropolitana próximas a Porto Príncipe, como as cidades de Carrefour e Pattonville, além de Jacmel e Jeremie, onde vivem cerca de 2 milhões de pessoas, informou.
O embaixador disse que as autoridades locais ainda não puderam fazer estimativas confiáveis relativas ao número de vítimas ou ao prejuízo causado. Mas podemos afirmar que o desastre é muito mais grave do que se pode imaginar, tanto em termos materiais como humanos.
Até mesmo ministérios e o palácio de governo desmoronaram. A sorte é que a tragédia ocorreu s 17 horas [horário local], horário em que as pessoas costumam estar a caminho de suas casas disse. Se fosse noite, o número de vítimas certamente seria muito maior, acrescentou Pierre-Jean.
O embaixador disse, ainda, temer que a situação acabe incentivando ondas de assalto e violência no país. Sabemos que não só no Haiti, mas em qualquer país, há delinquentes que se aproveitam de situações infelizes para tentar se dar bem, inclusive roubando ajudas humanitárias.
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