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Depois do fracasso em conseguir informação pelo telefone na segunda-feira, na manhã de ontem tentamos novamente uma visita ao escritório da Air France nos Invalides. Chegamos cedo, mas já encontramos fila. O escritório abriu apenas às 10h15 – é o horário habitual, mas em uma situação de crise esperávamos que o atendimento começasse mais cedo. Mais uma vez não vi nervosismo na espera. Quando chegou nossa vez, estávamos dispostos a usar todos os argumentos, inclusive o fato de que os remédios de meu pai estavam acabando (o que era a pura verdade), para que nos tirassem de Paris antes de sexta-feira. A carta ficou guardada na manga: a atendente nos disse logo de cara "temos vagas para todos vocês no voo desta noite", e só vi os olhos do meu pai brilhando.

Com a insistência recompensada, voltamos ao hotel para fazer as malas.

Ainda houve tempo para que eu e minha namorada visitássemos o Museu do Exército e a igreja Dôme, onde Napoleão descansa dentro de seis caixões.

O aeroporto Charles de Gaulle está bem tranquilo, sem as cenas costumeiras de caos aéreo. Muitos brasileiros comemoram o fato de poder voltar para casa. Nós temos um motivo especial: meu sobrinho Henrique não esperou nosso retorno e nasceu na quarta-feira passada – soubemos no momento em que saíamos da Notre Dame.

O cronograma da viagem tinha sido determinado pelos meus pais de modo que estivéssemos no Brasil na data marcada para o parto. Mas ainda é a natureza que dá as cartas: seja na impetuosidade de um vulcão islandês, seja no pequeno milagre de um nascimento.

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