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Revolta

Emir não tolerará vandalismo no Kuwait, diz deputado

O emir do Kuwait ordenou que não haja tolerância a atos de violência contra as instituições estatais, disse um parlamentar nesta quinta-feira, um dia depois de manifestantes invadirem o Parlamento para exigir a renúncia do primeiro-ministro.

Imagens de TV mostraram várias pessoas, inclusive alguns deputados de oposição, arrombando o portão do Parlamento, na noite de quarta-feira, e invadindo o local.

O Kuwait praticamente não sentiu os efeitos da Primavera Árabe, a onda regional de protestos que já levou à derrubada dos governos na Tunísia, Egito e Líbia, e que causa sérias turbulências no Iêmen e na Síria. Mas testemunhas disseram que os protestos de quarta-feira foram os maiores do ano no país.

A agência estatal de notícias Kuna informou que seis agentes das forças de segurança ficaram feridos no incidente.

O Kuwait vive uma prolongada crise política, e a oposição quer a renúncia do primeiro-ministro xeque, Nasser al Mohammad al Sabah, influente membro da família governante.

Parlamentares disseram que o emir do país, xeque Sabah al Ahmad al Sabah, presidiu nesta quinta-feira uma sessão especial do gabinete. "O emir salientou o respeito pela lei, e cobrou que não haja leniência com qualquer infração contra as instituições nacionais", disse à Reuters um deputado que pediu anonimato.

Jornalistas e testemunhas disseram que os manifestantes invadiram o Parlamento depois de alguns deles serem agredidos por forças policiais, durante uma vigília realizada semanalmente em frente ao Parlamento para pressionar pela renúncia do xeque Nasser, acusado de corrupção.

"O povo quer derrubar o chefe (de governo)", gritava a multidão do lado de fora do Parlamento, estimada em centenas de pessoas, na hora em que os invasores deixavam o prédio.

Em maio, dois parlamentares tentaram questionar o premiê sobre um suposto desvio de verbas públicas, que ele nega. O pedido ocorreu dias depois de o xeque apresentar o seu sétimo gabinete - o anterior havia renunciado logo antes para evitar um questionamento parlamentar a três ministros.

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