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Enrolados em cobertores, refugiados atravessam a fronteira entre a Macedônia e a Sérvia | ARMEND NIMANI/AFP
Enrolados em cobertores, refugiados atravessam a fronteira entre a Macedônia e a Sérvia| Foto: ARMEND NIMANI/AFP

Após ser alvo de críticas, uma empresa contratada pelo Ministério do Interior britânico para administrar centros de acolhimento de solicitantes de asilo em Cardiff deixará de obrigar imigrantes a usar uma pulseira vermelha. O jornal britânico “The Guardian” noticiou, no domingo (24), que a empresa Clearsprings impunha esse método de identificação para que os imigrantes pudessem receber comida.

Merkel pede vigilância contra antissemitismo entre imigrantes

A chanceler alemã Angela Merkel pediu ao país, neste sábado (23), uma atuação intensiva contra o antissemitismo e defendeu a vigilância, mais respeito aos jovens procedente de países “em que estão alastrados o ódio a Israel e aos judeus”.

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A mudança foi anunciada pela parlamentar Jo Stevens, do Partido Trabalhista, que havia entrado em contato com a empresa após a reportagem. “O abuso relatado não representa a bondade e a generosidade da população de Cardiff aos solicitantes de asilo e refugiados”, disse Stevens, no domingo.

A empresa havia justificado sua decisão ao jornal afirmando que era preciso identificar quais pessoas tinham direito a receber as três refeições diárias oferecidas, mas voltou atrás nesta segunda (25). Ainda assim, o caso deverá ser discutido no Parlamento britânico.

Os solicitantes de asilo não podem trabalhar nem receber auxílio financeiro do governo, por isso dependem dos centros de acolhimento para se alimentarem.

Para ativistas e políticos, a pulseira vermelha estigmatizava os refugiados e ecoava os métodos de identificação utilizados pelo regime nazista, que obrigava os judeus a costurarem em suas roupas uma estrela de Davi.

Antes de receber status de refugiado, em novembro, Eric Ngalle, 26, permaneceu durante um mês em um centro administrado pela Clearsprings. “Meu tempo ali foi uma das piores experiências da minha vida”, disse ao “The Guardian”. “Eu odiava usar as pulseiras. Algumas vezes me recusava a colocá-las e então me negavam comida”, disse.

“Quando andávamos nas ruas, alguns motoristas viam nossas pulseiras, começavam a buzinar e gritavam das janelas: ‘Voltem para seu país!’.”

Mais de um milhão de pessoas chegaram à Europa em 2015, na maior onda migratória testemunhada pelo continente desde a Segunda Guerra Mundial.

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