Pilotos
Não havia até ontem qualquer evidência de que os dois pilotos tenham feito algo fora do normal com o avião, como suicídio, embora a polícia malaia tenha dito que está investigando questões psicológicas, vida familiar e conexões de ambos.
Uma empresa de comunicação por satélites anunciou ontem ter gravado sinais eletrônicos do avião da Malaysia Airlines após o desaparecimento ocorrido no último sábado (pelo horário local). É possível que os dados encaminhados às autoridades malaias ajudem a determinar a localização da aeronave.
A informação veio num dia em que fontes americanas, com base em informações de radares, reforçaram a teoria de que o Boeing 777 teria mudado intencionalmente de rota, num trajeto de coordenadas precisas sugerindo que seria comandado por um piloto experiente. Investigadores americanos, ouvidos sob a condição de anonimato, consideram ainda a hipótese de pirataria aérea.
A informação vinda da Inmarsat pode ajudar a restringir as buscas pela aeronave, que foi ampliada várias vezes e que já atinge milhares de milhas quadradas. A empresa britânica, que fornece sistemas de comunicação para navios e aviões, tinha equipamento a bordo do Boeing, explicou seu vice-presidente David Coiley. O equipamento automaticamente se comunica com satélites, como um celular após atravessar um túnel.
"Isso nos permite determinar onde o avião está em relação ao satélite", explicou Coiley, sem dar detalhes.
Sequestro
Hipóteses de pirataria, pouso forçado ou suicídio estão em estudo. Investigadores têm cada vez mais certeza de que a aeronave mudou de curso e seguiu para o oeste depois do último contato de rádio com controladores de tráfego aéreo.
As últimas evidências sugerem que o avião não enfrentou um incidente catastrófico sobre o Mar do sul da China, como se suspeitava inicialmente. Alguns especialistas teorizam agora que um dos pilotos, ou alguém com experiência de voo, sequestrou o avião ou cometeu suicídio derrubando o jato no mar.
Versões
Manobra feita pelo avião exige habilidade do piloto, diz oficial
Embora outras teorias sobre o desaparecimento do voo MH370 ainda estejam sendo examinadas, a autoridade destacou que a principal evidência sugerindo intervenção humana é que o contato com o transponder do Boeing 777 parou cerca de 12 minutos antes de um sistema de mensagens de voo encerrar operações. Esse intervalo seria improvável no caso de uma catástrofe em voo.
Um oficial malaio, que também pediu para não ser identificado, disse que apenas um aviador com habilidade poderia dirigir o avião do jeito que ele voou depois da última localização confirmada sobre o Mar do sul da China. A autoridade disse que já se sabe com "mais de 50%" de certeza que um radar militar detectou o avião desaparecido depois que ele parou de ser acompanhado pelo radar civil.
O ministro interino de Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, disse que o país ainda precisava determinar o que ocorreu com o avião depois que ele parou de se comunicar com os controladores civis em terra, com cerca de 40 minutos de voo no trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim, com 239 pessoas a bordo. Ele disse que investigadores ainda estão tentando estabelecer com certeza que o sinal de movimento para oeste através da Península da Malásia rumo ao Estreito de Malaca detectado por radares militares era de fato do voo MH370. "Serei a pessoa mais feliz do mundo se pudermos confirmar que é o MH370, pois então poderemos mover todos os ativos de busca do Mar do sul da China para o Estreito de Malaca", afirmou a repórteres. Até lá, destacou o ministro, o esforço internacional de procura continuará se expandindo para leste e oeste da última localização confirmada do avião.
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