Dish Network foi multada em US$ 150 mil (R$ 775 mil)| Foto: DWilliam / Pixabay
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A empresa de TV por assinatura Dish Network foi multada nos EUA em US$ 150 mil (R$ 775 mil) por não ter descartado adequadamente um de seus satélites. Essa é a primeira vez que uma empresa em solo americano recebe uma penalidade de um órgão regulador federal pela má gestão de detritos espaciais na órbita terrestre.

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Segundo informações da emissora americana CNN, a Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês), órgão responsável pela autorização de serviços de telecomunicações via satélite nos EUA, anunciou nesta segunda-feira (2) que encerrou uma investigação sobre a Dish, resultando na multa e em um "reconhecimento de responsabilidade" por parte da empresa.

A investigação da FCC sobre a Dish centrou-se em um satélite chamado EchoStar-7, que foi lançado em órbita geoestacionária, a uma distância de cerca de 36 mil quilômetros acima da Terra, em 2002.

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Em um comunicado divulgado à imprensa, a FCC afirmou que a medida é “um marco na aplicação das regras sobre lixo espacial” e que isso ajuda o órgão a “intensificar” seus “esforços na política de satélites".

A Dish respondeu em comunicado que o satélite em questão era "uma espaçonave mais antiga que havia sido explicitamente isenta da regra da FCC que exige uma órbita mínima para o descarte”.

Segundo a CNN, estima-se que atualmente existam quase 700 mil pedaços de lixo espacial descontrolado em órbita da Terra.

Em sua defesa, a Dish afirmou que tem um "longo histórico de operar com segurança uma grande frota de satélites e leva a sério suas responsabilidades como licenciada pela FCC".

O plano da FCC para desativar o satélite da Dish foi aprovado em 2012. Ele consistia em garantir que o mesmo se “aposentasse” a cerca de 300 quilômetros acima de sua órbita operacional, o que basicamente o colocaria inoperante em uma órbita onde não representaria riscos para outros satélites que ainda estão ativos.

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No entanto, segundo a FCC, a Dish não deixou combustível suficiente a bordo do satélite para realizar essa manobra, e o EchoStar-7 foi deixado “morto” em uma órbita onde pode levar perigo para os satélites que ainda estão sendo utilizados.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]