A empresa China Nonferrous Trade (CNT), vinculada ao regime de Pequim, comprou a maior reserva de urânio do Brasil, localizada no estado do Amazonas, por US$ 340 milhões (cerca de R$ 2 bilhões).
A informação foi divulgada na última terça-feira (26) pela empresa de mineração Taboca S.A, por meio de um comunicado transmitido ao governo estadual.
No informe, a mineradora classificou a venda como um “momento estratégico e uma oportunidade de crescimento" para a empresa. O texto diz que o acordo foi firmado pela Minsur S.A., uma empresa peruana que detém o controle acionário da Taboca, no Brasil.
Além de urânio, que é usado como combustível para a geração de energia nuclear, a Mina de Pitinga possui outros minerais estratégicos para os interesses da China, como nióbio, tântalo, estanho e tório, recursos importantes para a fabricação de equipamentos de alta tecnologia como foguetes, baterias e turbinas.
A China Nonferrous Mining Co. é uma das maiores empresas estatais focadas na produção de cobre do mundo. Suas atividades também envolvem a mineração, hidrometalurgia, fundição e vendas.
A venda da reserva para uma empresa chinesa gerou reação no Congresso brasileiro.
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou a aquisição da mina pela China nesta quarta-feira (27), durante sessão no Plenário.
O senador acusou o governo brasileiro de facilitar a venda de recursos estratégicos do país para a China.
De acordo com a Agência Senado, o congressista afirmou que a venda da reserva, com potencial estratégico para a indústria bélica e usinas nucleares, ocorreu "sem qualquer impedimento".
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