Ouça este conteúdo
Este conteúdo foi corrigido
A empresa China Nonferrous Trade (CNT), vinculada ao regime de Pequim, comprou uma empresa de mineração que fica localizada no Amazonas e controla uma mina de estanho por US$ 340 milhões (cerca de R$ 2 bilhões).
Trata-se da empresa de mineração Taboca S.A, que confirmou a venda por meio de um comunicado transmitido ao governo estadual.
No informe, a mineradora classificou a venda como um “momento estratégico e uma oportunidade de crescimento" para a empresa. O texto diz que o acordo foi firmado pela Minsur S.A., uma empresa peruana que detém o controle acionário da Taboca, no Brasil.
A Taboca controla a Mina de Pitinga, que possui nióbio, tântalo, estanho e tório, recursos importantes para a fabricação de equipamentos de alta tecnologia como foguetes, baterias e turbinas. A região também é rica em Urânio, que é usado como combustível para a geração de energia nuclear, no entanto, o minério não foi envolvido na negociação, já que é considerado estratégico para o Brasil e requer autorização direta do governo federal. Além disso, não há tecnologia presente na região para separá-lo. A reserva de nióbio, tântalo, estanho e tório tem estoque para durar um século.
A China Nonferrous Mining Co. é uma das maiores empresas estatais focadas na produção de cobre do mundo. Suas atividades também envolvem a mineração, hidrometalurgia, fundição e vendas.
A venda da empresa para a estatal chinesa gerou reação no Congresso brasileiro.
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou a aquisição da mina pela China nesta quarta-feira (27), durante sessão no Plenário.
O senador acusou o governo brasileiro de facilitar a venda de recursos estratégicos do país para a China.
Diferentemente do que foi inicialmente relatado neste texto, a estatal chinesa China Nonferrous Trade (CNT) não comprou uma reserva de Urânio que fica próxima de uma mina no interior do Amazonas. A estatal comprou apenas a mineradora Taboca S.A., que trabalha principalmente com a extração de estanho na mina de Pitinga. No Brasil, o Urânio é considerado um recurso estratégico que requer autorização federal para ser negociado. O Urânio presente na região é enviado para os rejeitos da mina e não comercializado.
Corrigido em 29/11/2024 às 09:45