A câmara que reúne empresários do País Basco, ao norte da Espanha, denunciou na terça-feira que seus membros estão recebendo com frequência cartas do grupo separatista basco ETA, exigindo o pagamento de somas em dinheiro.
Depois da reunião do conselho geral da Confederação Empresarial Basca (Confebask), o presidente da entidade, Miguel Lazpiur, afirmou que os empresários estão preocupados com as cartas, que continuaram a ser recebidas depois de o grupo ter declarado um cessar-fogo em 2006.
O cessar-fogo foi suspenso em junho.
Questionado sobre a quantidade de dinheiro exigida pelo ETA em troca da garantia de "segurança", o presidente da Confebask não forneceu maiores detalhes e limitou-se a dizer que "independente da quantidade de dinheiro, independente do tom das cartas, uma chantagem é uma chantagem".
"Segundo acreditamos, esse fato é algo absolutamente condenável, algo digno de mafiosos. Manifestamos nossa simpatia e apoio aos que sofrem essas ameaças", acrescentou.
O ETA anunciou no começo de junho a suspensão do cessar-fogo permanente decretado em 2006. O grupo prometeu, então, retomar sua campanha "em todas as frentes".