A principal entidade empresarial da Venezuela rechaçou nesta segunda-feira os planos do presidente Hugo Chávez de nacionalizar o Banco de Venezuela, que pertence ao grupo espanhol Santander, e assinalou que a medida representa um sinal negativo aos investidores.

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"O governo quer ser o único empresário do país, mas como não cria empresas, arrebata as companhias do capital privado com dinheiro dos venezuelanos," disse o presidente da Federação de Câmaras e Associações Comerciais da Venezuela (Fedecámaras, em espanhol), José Manuel González.

Chávez anunciou na semana passada que o governo da Venezuela comprará o Banco de Venezuela, que está nas mãos do Santander desde 1996, quando foi vendido em leilão pelo governo.

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Chávez disse que ao governo venezuelano "faz muita falta um banco dessa magnitude," e afirmou que decidiu nacionalizar o banco após ter informações de que o Santander havia iniciado negociações para vender o banco a um empresário venezuelano.

González afirmou que a possível saída do Santander da Venezuela "não é um sinal positivo para os investidores."

González também criticou o estatal Banco Industrial de Venezuela "Esperemos que esse banco não se transforme no que é o Banco Industrial de Venezuela, onde a corrupção e a ineficiência são o próprio símbolo."

O Banco de Venezuela possui 300 agências de varejo e 5,2 mil funcionários.

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