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Clientes chegam a um supermercado de Havana, em Cuba | Ernesto Mastrascusa/EFE
Clientes chegam a um supermercado de Havana, em Cuba| Foto: Ernesto Mastrascusa/EFE

Desde aplicativos para celular até comida fora de casa, a iniciativa dos trabalhadores privados em Cuba cresceu muito e começa a conjugar tecnologia e criatividade, uma receita que está modernizando a ilha mesmo com normas estreitas para o setor.

Em Havana, onde se agrupa cerca de 30% dos novos micronegócios, a paisagem mudou: academias, bares, oficinas para celulares, gestão imobiliária, lojas de presentes, organizadores de festas, estúdios de fotografia e gravação.

Por trás dos anúncios desses locais há uma rede de empreendedores (impressores, publicitários, técnicos de informática, desenhistas) que veem na promoção e na tecnologia "nichos" a desenvolver, em um país onde há apenas quatro anos o governo ampliou o trabalho por conta própria dentro das reformas para "atualizar" o socialismo.

"Os jovens estão na vanguarda em relação a ideias inovadoras", disse Indhira Sotillo, coordenadora de uma plataforma informativa para PCs e sistemas iOs e Android chamada Isladentro e projetada para funcionar off-line diante das restrições de conectividade que existem no país.

O aplicativo, um guia disponível para várias províncias cubanas, é distribuído gratuitamente — não há permissões de comercialização para esse tipo de produtos — e nos últimos cinco meses duplicou os anúncios, a maioria de negócios privados.

Na gastronomia, apareceram opções de entregas, estratégias de marketing ao estilo "happy hour" e inclusive apostas em aplicativos de smartphone para fazer pedidos, algo impensável pouco tempo atrás.

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