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preservação

Empresas aéreas dos EUA proíbem transporte de troféus de caça

Marfim no aeroporto de Zurique, na Suíça: caça aos troféus | Bem Sprich / Reuters
Marfim no aeroporto de Zurique, na Suíça: caça aos troféus (Foto: Bem Sprich / Reuters)

Três grandes companhias aéreas norte-americanas baniram o transporte de leões, leopardos, elefantes, rinocerontes e búfalos mortos por caçadores, bem como parte desses animais, após a comoção provocada pela morte do leão Cecil no mês passado no Zimbábue.

A American Airlines informou ontem que vai se juntar à Delta Airlines e à United Airlines e proibir o transporte de animais conhecidos na África como os “grandes cinco”, procurados por caçadores de todo o mundo por serem os mais difíceis de se matar a pé.

A Delta Air Lines, única companhia aérea norte-americana que voa diretamente entre os Estados Unidos e Johanesburgo, na África do Sul, também revisará suas políticas de aceitar troféus de caça.

Houve um repúdio internacional contra a caça desde que o dentista norte-americano Walter Palmer matou Cecil, um raro leão de juba escura, no Hwange National Park, no Zimbábue. O animal era o preferido dos turistas que visitam o parque e objeto de estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Palmer teria pago US$ 50 mil para guias locais atraírem o animal para fora do parque, onde foi morto a flechadas. O americano admitiu ter matado o animal no dia 1º de junho.

O Zimbábue prendeu um cidadão do próprio país, Headman Sibanda, acusado de ajudar Palmer. Ele é dono da empresa Nyala Safaris, suspeita de organizar a caçada. O governo do Zimbábue solicitou aos EUA a extradição de Palmer.

No domingo, autoridades do Zimbábue acusaram outro americano de caçar de forma ilegal um leão, meses antes da morte de Cecil. Jan Casmir Sieski, da Pensilvânia, é acusado de ter participado da caça ilegal de um leão em abril, informou a Autoridade dos Parques e Vida Selvagem do país africano. A investigação começou depois da morte de Cecil.

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