Repercussão - EUA enviarão ajuda de US$ 10 milhões
Washington - Os EUA prometeram conceder uma ajuda de US$ 10 milhões ao Paquistão e fornecer helicópteros, barcos e material de resgate para o país se recuperar das inundações, anunciou a secretária de Estado, Hillary Clinton, ontem. "Os paquistaneses são nossos amigos e aliados. Os EUA estão ao seu lado no momento em que o trágico registro de perdas humanas aumenta", disse Hillary em comunicado.
"Nossa embaixada em Islamabad colabora estreitamente com as autoridades paquistanesas para ajudar as equipes de socorro", acrescentou a chefe da diplomacia americana. (AFP)
Islamabad - As mortes causadas pelas fortes chuvas que vêm castigando o Paquistão há mais de uma semana ultrapassaram a marca de 1,1 mil, informaram autoridades locais. Equipes de resgate trabalham para tentar salvar mais de 27 mil pessoas isoladas pelas enchentes, enquanto funcionários do governo alertam para o risco de epidemias por causa das precárias condições das áreas afetadas, no noroeste do país.
De acordo com dados do governo paquistanês, pelo menos 1,5 milhão de pessoas foram afetadas pela inundação, considerada a pior da história do país. A tragédia ocorre em um momento complicado para o Paquistão, que vem sofrendo com a fraca economia e uma sanguinária guerra contra insurgentes fundamentalistas islâmicos.
O governo local enviou 43 helicópteros e mais de cem barcos para ajudar nos trabalhos de resgate. No entanto, apesar de todo o esforço das autoridades, o número de vítimas pode aumentar, porque as equipes de resgate ainda não têm acesso a algumas das áreas afetadas.
"O número de mortos pode chegar a 3 mil porque a destruição foi enorme", afirmou Mujahid Khan, porta-voz dos serviços de resgate.
A província de Jiber Pajtunjua (antes conhecida como província de Fronteira do Noroeste), próxima das zonas tribais da fronteira com o Afeganistão, foi uma das mais atingidas pelas chuvas. A população, reclamava hoje das más condições de alojamento e da falta de organização das autoridades.
Doenças
O risco de doenças se espalharem entre os afetados pelas enchentes é uma das principais preocupações das autoridades locais. Ontem, os primeiros casos de cólera entre os resgatados foram registrados.
"Temos agora um perigo real de que doenças como diarreia, alergias de pele e cólera se espalhem na região", afirmou Shaharyar Bangash, chefe de operações do grupo humanitário World Vision.
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