Moradores são transportados em barcos antes usados para pesca| Foto: Hazart Ali Bacha/Reuters

Cerca de 150 mil paquistaneses foram forçados a deixar suas casas à medida que a chuva e a cheia do rio Indus continuam a inundar dezenas de cidades e vilas no sul do país. As águas levaram casas, estradas, pontes e lavouras. Até este sábado, 600 mil pessoas estavam em campos de auxílio, na província de Sindh. Pelo menos 6 milhões de pessoas estão desabrigadas e 20 milhões foram afetadas de alguma forma. O custo econômico deve atingir bilhões de dólares.

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As novas enchentes também alagaram áreas no distrito de Thatta. Autoridades do governo esperam que as enchentes comecem a diminuir nos próximos dias. As enchentes afetaram cerca de um quinto do território do Paquistão, causando ainda mais tensão ao governo, que já luta contra a violência da Al-Qaeda e do Taleban.

Em um dos campos de refugiados na região de Sukkur, algumas vítimas disseram que está difícil conseguir alimentação dos caminhões de auxílio. "Eu sou uma viúva e meus filhos são muito novos para conseguir a comida por conta do caos e dos empurrões" disse Parveen Roshan. "Como uma mulher fraca pode conseguir vencer homens para conseguir comida?", disse. Ali perto, um médico cuida de um menino cujas costas foram feridas depois de alguém empurrá-lo durante uma tentativa de conseguir alimentos dos caminhões de ajuda.

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A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu ajuda emergencial de US$ 460 milhões. O Paquistão sinalizou que aceitaria até US$ 5 milhões da Índia, seu principal rival e inimigo político. As enchentes começaram em julho no noroeste do país provocadas por um período de chuvas de monção excepcionalmente forte, elevando rios que alagaram as províncias de Punjab e Sindh.