Os terminais australianos de exportação de carvão deram sinais de recuperação na quarta-feira, depois das inundações das últimas semanas que abalaram a confiança dos consumidores na economia do país, fortemente dependente da exportação de matérias primas.

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As chuvas causadas pelo fenômeno climático La Niña, devastaram enormes áreas da costa leste australiana, matando 25 pessoas e deixando milhares de desalojados. As enchentes também destruíram lavouras e afetaram o importante setor de exploração de carvão, causando uma alta na cotação global do minério.

Meteorologistas alertaram na quarta-feira que o sul e sudeste do estado de Queensland, onde fica Gladstone, um dos principais terminais de exportação de carvão, podem sofrer tempestades e inundações.

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No entanto, as minas e suas ferrovias voltaram a operar normalmente, e os embarques de carvão devem se recuperar gradualmente. Em Gladstone, no entanto, a expectativa é de que só em março o movimento esteja normalizado.

O sentimento dos consumidores na Austrália também foi abalado, devido às ansiedades geradas pela extensa cobertura da imprensa sobre as inundações. Em janeiro, o índice de confiança do consumidor caiu 5,7%, maior baixa em seis meses, segundo uma pesquisa do Westpac-Melbourne Institute.

"Não há dúvida de que a forte queda na confiança do consumidor é quase inteiramente devido ao desastre das inundações em toda a nação", disse em nota o economista Savanth Sebastian, da empresa Commonwealth Securities, de Sydney.

A Austrália, maior exportador mundial de carvão, responde por dois terços do mercado global de carvão para siderurgia, sendo que cerca de 90% vêm do Estado de Queensland.

O Conselho de Recursos de Queensland estima que apenas 15% das 57 minas do Estado estejam plenamente operacionais, que 60% operem com restrições, e que outros 25% ainda estejam parados. Os danos ao setor foram estimados em 2,3 bilhões de dólares australianos.

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