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Chuvas

Enchentes ameaçam deixar centenas de romenos desabrigados

Centenas de romenos corrrem o risco de ser obrigados a deixar suas casas nesta terça-feira, enquanto equipes de resgate lutam para reforçar diques que barram as águas do Rio Danúbio, disseram autoridades.

Chuvas fortes e neve derretida aumentaram o nível do rio e inundaram vastas áreas na Romênia, Bulgária, Sérvia e Hungria, deixando milhares de desabrigados.

Na Romênia, o país mais atingido, onde dezenas de milhares de hectares estão sob as águas, cerca de 3.590 pessoas foram tiradas de suas casas desde o domingo, quando ruíram alguns diques feitos de terra perto de vilarejos pobres do sul, elevando o número total de refugiados para 9.520.

No vilarejo de Bechet, cerca de 800 pessoas abandonaram suas casas, e equipes de resgate se preparam para tirar centenas mais após um outro dique ter rompido.

- A situação está muito ruim. Precisamos tirar 1.200 pessoas de Bechet e das áreas próximas nesta semana - afirmou à Reuters o prefeito do vilarejo, Constantin Oclei.

Nos vilarejos romenos de Oltina e Spantov, autoridades disseram que as operações de retirada foram interrompidas porque o nível do Danúbio, que chegou a um patamar recorde, tinha diminuído. Mas soldados continuam a reforçar as defesas contra enchentes para o caso de as águas subirem novamente.

- Ainda há riscos de que mais diques cedam, já que a pressão continua bastante alta, com a água cerca de dois metros acima de seu nível normal em alguns pontos - afirmou Elena Anghel, do Instituto Nacional de Hidrologia, um órgão da Romênia.

Autoridades estudam a possibilidade de realizar mais alagamentos controlados no Danúbio a fim de reduzir a pressão da água nos diques encharcados. Cerca de 21 mil hectares de terra já foram cobertos por água em operações do tipo, na semana passada.

- Especialistas estão avaliando a situação para saber se poderá ser realizada uma operação de alagamento controlado no condado de Ialomita - afirmou o primeiro-ministro Calin Tariceanu, depois de visitar as áreas atingidas.

As enchentes obrigaram centenas de romenos a passar a Páscoa ortodoxa em campos de refugiados, longe de seus vilarejos alagados e com poucas esperanças de regressar em breve para casa.

Na Hungria, o Rio Tisza, cujo volume também está maior que o normal, recuou um pouco nesta terça-feira, mas, segundo autoridades, quatro mil pessoas vêm trabalhando sem interrupção para tampar as rachaduras surgidas em um dique localizado na confluência dele com o Rio Koros.

Cerca de duas mil pessoas foram retiradas de suas casas até agora.

- A situação é bastante grave - afirmou Gyula Reich, porta-voz do Ministério do Meio Ambiente e da Água - Os rios estão diminuindo lentamente. O processo pode levar de dez a doze dias e, enquanto isso, os diques estão ficando encharcados.

Na cidade de Szolnok, o nível do Rio Tisza permanecia nesta terça-feira em 10,06 metros, apenas sete centímetros abaixo de seu nível máximo.

Os Bálcãs continuam se recuperando de enchentes devastadoras que mataram várias pessoas e deixaram milhares de desabrigados no verão passado. O Danúbio nasce na Alemanha e corre através de vários países antes de desembocar no Mar Negro.

Autoridades búlgaras afirmaram que o nível do rio diminuiu 23 centímetros nas últimas 24 horas na cidade de Nikopol, uma das mais atingidas do país, e entre dois e sete centímetros em outros pontos.

- Se essa tendência continuar e não houver mais chuvas, o rio estará de volta a suas margens dentro de sete a oito dias - disse o chefe dos serviços de defesa civil de Pleven, Georgi Linkov.

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