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Tragédia

Enchentes deixam 13 milhões sem casa no Paquistão

Ilhados: vítimas de enchentes esperam ajuda no interior do Paquistão. Inundações já mataram pelo menos 1,6 mil pessoas | Asif Hassan/AFP
Ilhados: vítimas de enchentes esperam ajuda no interior do Paquistão. Inundações já mataram pelo menos 1,6 mil pessoas (Foto: Asif Hassan/AFP)
Tragédia: chineses procuram sobreviventes entre os escombros de prédios atingidos por deslizamento |

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Tragédia: chineses procuram sobreviventes entre os escombros de prédios atingidos por deslizamento

Russos e turistas usam máscaras para se proteger da fumaça no centro de Moscou |

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Russos e turistas usam máscaras para se proteger da fumaça no centro de Moscou

Confira: década foi marcada por grandes catástrofes |

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Confira: década foi marcada por grandes catástrofes

A ONU (Organização das Nações Unidas) revelou ontem que as inundações no Paquistão já deixaram 13 milhões de desabrigados, ultrapassando os danos causados pelo tsunami que atingiu o sudeste asiático em 2004.A ONU já tem confirmação de que a catástrofe no Paquistão – que se iniciou numa Província no norte e já se espalhou por diversas outras áreas, inclusive rumo ao sul do país – é maior do que o terremoto que atingiu o país em 2005 e o que devastou o Haiti no início deste ano.O governo paquistanês enviou suas tropas para ajudar no trabalho de resgate e operações de emergência, mas já sinalizou não ter a infraestrutura e capacidade de resposta imediata suficientes para lidar com a catástrofe.

"Parece que o número de pessoas afetadas por esta crise é maior do que o terremoto do Hai­­ti [2010], o tsunami [2004] ou até o terremoto do Paquistão [2005], e se o número for de fato tão alto como o divulgado pelo governo, é maior do que os três desastres juntos", disse Maurizio Giuliano, porta-voz do Departamento da ONU para Coordenação de As­­suntos Humanitários.

Crianças

Em meio à catástrofe que já deixa ao menos 1,6 mil mortos e afeta 13 milhões de pessoas no Pa­­quistão, o escritório de emergências do Unicef (Fundo das Na­­ções Unidas para a Infância) alertou ontem que há 3 milhões de cri­­anças precisando de ajuda ur­­gente no país.

Chefe da área de emergências da Unicef no país, Óscar Butra­­gueño explicou que a crise atual "aumentará consideravelmente" nos próximos meses o problema de desnutrição infantil no Paquis­­tão, que já é "muito grande".

A fonte disse que os organismos humanitários também es­­tão muito preocupados que as crianças desabrigadas recebam atendimento médico adequado, pois são "mais vulneráveis" a do­enças.

Além disso, calcula-se que em torno de mil escolas tenham sido destruídas pelas águas ou ocupadas por desabrigados.

O Alto Comissário para Refu­­giados da ONU, Peter Kessler, classificou a situação como "catastrófica". Há milhares de pessoas isoladas sem acesso a água potável, alimentos ou abrigo.

Número de mortos por deslizamentos na China chega a 337

A mídia estatal da China elevou ontem para 337 o número de mortos nos deslizamentos de terra que soterraram parte da Pro­­víncia de Gansu, na China.

O chefe da Prefeitura Autôno­­ma Tibetana de Gannan, na Pro­­víncia, disse que mais de 1.100 pes­­soas continuam desaparecidas e o número de mortos pode subir.

Os deslizamentos, provocados por chuvas torrenciais que atingem boa parte do sul da Ásia, agravou a situação da China, que já enfrentava as piores inundações em dez anos.

Em Gansu, o mar de pedras e lamas sepultou uma faixa de 5 km de comprimento e 500 metros de largura e uma altura que, em alguns lugares, chegou ao terceiro andar dos prédios.

A terra destruiu todas as casas de ao menos três aldeias da região montanhosa, habitada principalmente por povos de origem tibetana. O mais afetado foi o Conda­­do de Zhouqu, com mais de de 135 mil habitantes.

Resgate

O premiê chinês, Wen Jiabao, que chegou no domingo à região, exortou os milhares de trabalhadores de resgate de todo o país mobilizados para fazer o impossível para encontrar sobreviventes e ajudar os 45 mil desabrigados.

"É fundamental neste mo­­mento salvar aqueles sob os es­­combros e estes esforços conti­­nua­­rão enquanto houver a me­­nor esperança", disse Wen.

A televisão estatal disse que 4.500 soldados, policiais, bombeiros e paramédicos foram mo­­bilizados.

A China enfrenta enchentes de uma magnitude sem precedentes em uma década, que deixou 2.100 mortos e forçou a retirada de cerca de 12 milhões de pessoas.

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