Quase 450 pessoas foram mortas por inundações e deslizamentos no oeste da Índia, e milhares permanecem ilhadas nesta quinta-feira na capital financeira do país, Bombaim, por causa das maiores chuvas de monções registradas até hoje na região.

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Metade das mortes ocorreu em Bombaim, uma cidade de 15 milhões de habitantes onde o transporte aéreo, rodoviário e ferroviário começa lentamente a ser restabelecido, após dois dias de graves transtornos.

- A cidade está certamente voltando ao normal - disse um funcionário da Defesa Civil, acrescentando que o saldo oficial de vítimas está em 444. - Mas pode muito bem subir - declarou.

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Ainda sob chuva, as equipes de resgate tentam recuperar os corpos de cerca de cem pessoas soterradas por uma avalanche de lama em uma aldeia 150 quilômetros ao sul de Bombaim.

Centenas de funcionários chegaram à cidade nesta quinta-feira após serem resgatados de uma plataforma de petróleo da costa oeste indiana, que pegou fogo após ser abalroada por um barco de apoio, que estava à deriva por causa da tempestade. Doze pessoas morreram.

As conexões telefônicas em Bombaim foram afetadas, as escolas permanecem fechadas, e os usuários do transporte público tiveram o terceiro dia de transtornos, pois muitos trens e ônibus não circularam. O aeroporto, o mais movimentado da Índia, voltou a autorizar decolagens, após dois dias de paralisação.

Carros foram abandonados na zona norte e milhares de pessoas, receosas do perigo e da distância da caminhada, passaram uma segunda noite dormindo em escritórios e hotéis. Os canais noticiosos transmitiram centenas de mensagens de texto de pessoas preocupadas em busca de seus parentes.

O mercado financeiro da cidade ficou fechado. Como na véspera, o governo do estado de Maharashtra decretou feriado nesta quinta-feira e aconselhou a população a não sair de casa.

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Na aldeia de Juigaon, 150 quilômetros ao sul, as equipes continuam em busca de mais corpos. Estima-se que entre 100 e 150 pessoas tenham sido atingidas pelo deslizamento de terça-feira.

Outro deslizamento ocorreu em uma favela perto de Andheri (um subúrbio de Bombaim), matando pelo menos 36 pessoas. Acredita-se que haja ainda dezenas de outras vítimas soterradas.

Na zona norte de Bombaim, foi registrada uma precipitação pluviométrica recorde na terça-feira, 940 milímetros, que é quase metade do que se espera habitualmente em toda a temporada das monções, que dura quatro meses. Os meteorologistas prevêem mais chuvas para os próximos dois dias.

Milhares de pessoas foram retiradas de suas casas na quarta-feira, quando as ruas da cidade viraram córregos. Outras dezenas de milhares ficaram ilhadas. Na principal estação ferroviária, poucas linhas locais funcionavam. Mesmo assim, centenas de passageiros estavam na plataforma, aguardando a partida dos trens de longa distância.

As monções, que vão de junho a setembro, provocam anualmente terríveis inundações na Índia, que matam milhares de pessoas e perturbam a rotina de todo o país.

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