A água lamacenta de rios que transbordaram invadiu casas e ruas em várias regiões do nordeste dos Estados Unidos, nesta quinta-feira, enquanto dezenas de milhares de pessoas esperavam para voltar para casa.

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O volume do rio Susquehanna diminuiu, afastando a ameaça de uma enchente catastrófica na cidade histórica de Wilkes-Barre, mas o nível das águas continuavam subindo em regiões de Nova Jersey e da Pensilvânia.

Dias de chuvas torrenciais, seguidas por enchentes, mataram ao menos 16 pessoas no leste dos EUA até a noite de quarta-feira. Nas áreas de Nova Jersey, Nova York, Maryland e Pensilvânia, onde casas foram cobertas pelas águas, estradas desapareceram e os rios transbordaram, as autoridades declararam estado de emergência e mandaram centenas e milhares de pessoas saírem de seus lares.

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- Ontem o norte da Pensilvânia parecia uma zona de guerra - resgatamos com helicóptero cerca de mil pessoas presas no telhado de suas casas, do segundo e do terceiro andares de suas casas - afirmou o governador da Pensilvânia, Ed Rendell, em entrevista concedida à rede de TV CNN.

A cidade de Wilkes-Barre, na Pensilvânia, preparava-se para o pior durante a noite, mas os diques suportaram a pressão das águas que chegaram ao Susquehanna vindas de afluentes corrente acima e cujo volume foi menor que o previsto, afirmaram autoridades.

- O perigo passou e a vida voltará ao normal - disse James Brozena, engenheiro que trabalha para o condado de Luzerne. - É difícil dizer que evitamos o pior, em vista de todos os danos e perigos, mas hoje, até agora, tivemos boas notícias - afirmou Rendell.

Segundo o governador, as autoridades vigiavam agora o rio Delaware, no sudeste da Pensilvânia, que continuava fora de suas margens.

O foco das autoridades voltou-se também para Trenton, Nova Jersey, na quinta-feira, onde o Serviço Nacional de Meteorologia prevê que as águas do Delaware chegarão a seu nível máximo durante a tarde.

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Binghampton, no Estado de Nova York, continuava parcialmente alagada e a cidade próxima de Conklin era a mais atingida da área, segundo Darcy Fauci, porta-voz do condado de Broome. Centenas de pessoas foram tiradas de Conklin pelo ar e, segundo Fauci, as águas levariam vários dias para baixar.

- Hoje vamos avaliar os danos e chegar a outras áreas - disse a porta-voz.

O nervosismo em Wilkes-Barre, apelidada de "a Cidade Diamante" no século XIX devido a suas minas de carvão, girava em torno de saber se os seus 61,5 quilômetros de diques aguentariam a pressão do rio.

- O sistema de diques saiu-se bastante bem. Ele, com certeza, cumpriu sua missão - afirmou Alan Pugh, chefe da área de segurança pública do condado de Luzerne, na Pensilvânia.

O Serviço Nacional de Meteorologia previa a chegada de uma nova onda de água com algo entre 10 e 11 metros, no início da manhã, mas essa onda não apareceu e o nível do rio começou a baixar.

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Um mapa apresentado pelo órgão mostrou alertas de enchente espalhados por mais de 104 mil quilômetros quadrados dos EUA.

Havia um alerta de enchente para o condado de Montgomery, na região central de Maryland, onde engenheiros avaliavam a situação da represa Needwood, afirmou o Serviço Nacional de Meteorologia.

O órgão também advertiu que, ainda na quinta-feira, pode haver intensas tempestades de raios em Nova Jersey, no leste da Pensilvânia, em Delaware e em Maryland.

Devido à passagem do furacão Katrina, os diques de Nova Orleans romperam-se, inundando 80% da cidade e matando mais de 1.800 pessoas na costa americana do golfo do México.

Segundo Brozena, o sistema de diques de Wilkes-Barre era mais moderno e menos vulnerável que o de Nova Orleans. Os diques da cidade foram reforçados em 2004. No entanto, mesmo diante do bom desempenho deles, partes do condado ficaram alagadas e a região sofreu milhões de dólares em prejuízos, afirmou Pugh.

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