No Japão, 155 pessoas morreram e milhões terão que deixar suas casas em decorrência de enchentes e deslizamentos causados por uma tempestade, segundo informações divulgadas pelas autoridades locais nesta terça-feira (10).
O número, porém, pode ser ainda maior, já que há aproximadamente 50 desaparecidos.
Segundo a BBC, autoridades dizem que este pode ser um dos piores desastres climáticos no país em décadas. Em 2011, o tufão Talas deixou 98 mortos no país.
As chuvas começaram na sexta (6) e atingem a principalmente região de Hiroshima (a cerca de 600 km de Tóquio). A previsão é de que o tempo continue chuvoso por pelo menos mais um dia.
Com isso, o governo ordenou a retirada de que quase 5,9 milhões de pessoas de diferentes regiões e emitiu alertas de deslizamento por todo o país.
"As operações de resgate, o salvamento de vidas e as retiradas são uma corrida contra o tempo", declarou o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe durante uma reunião extraordinária para debater o assunto. Ele disse que 54 mil pessoas participam das operações de resgate em todo o país.
Em toda a região de Hiroshima serviços de emergência e equipes militares usaram helicópteros e barcos para resgatar pessoas de rios que transbordaram e de prédios, incluindo hospitais.
Resgates
Cerca de 2.000 pessoas já foram resgatadas após ficarem isoladas na cidade de Kurashiki, em Okayama, entre elas dezenas de funcionários e pacientes de um hospital, incluindo alguns ainda de pijama.
"Estou muito grato à equipe de resgate", disse Shigeyuki Asano, paciente de 79 anos que passou a noite sem eletricidade nem água. "Estou muito aliviado de ter sido libertado daquele lugar escuro e fedido".
Imagens de televisão mostraram uma extensiva operação de resgate, com cerca de 2.310 resgatadas na cidade, de acordo com a NHK.
"As operações de resgate estão sendo conduzidas ininterruptamente, 24 horas por dia", disse à agência de notÍcias AFP Yoshihide Fujitani, responsável pela gestão de catástrofes do município de Hiroshima. "Também estamos cuidando dos desabrigados e tentando recuperar as infraestruturas vitais, como as redes de água e gás", declarou.
Já Mutsunari Imawaka, porta-voz do gabinete de gestão de catástrofes de Okayama, afirmou que ainda é difícil fazer um balanço dos estragos. "A catástrofe é enorme e trabalhamos duro para salvar o maior número de vidas possível".