Imagem mostra alagamentos em Bratislava, capital da Eslováquia| Foto: REUTERS/Radovan Stoklasa

Pelo menos 18 pessoas morreram por causa das intensas chuvas e enchentes que desde sexta-feira passada castigam a Europa Central, e embora em algumas das regiões mais afetadas o alarme comece a diminuir, outras ainda estão à espera do pior.

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Na Alemanha, a situação adquire uma aparência dramática pois, além de todas as áreas que já ficaram alagadas, como grande parte da Baviera, agora se espera que a cheia dos rios atinja também o norte do país.

As previsões apontam que os rios Elba, Spree e Neisse aumentarão consideravelmente seu volume d'água o próximo fim de semana, sobretudo na Baixa Saxônia e Brandemburgo, de modo que a situação dos dias seguintes ainda pode ser crítica.

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Enquanto isso, na Baviera o panorama continua sendo complexo. Apesar dos níveis das águas caírem sensivelmente, os trabalhos de limpeza e reparação de danos são confusos, apesar dos milhares de voluntários e soldados que estão colaborando.

Para esta quinta-feira, espera-se que a chanceler, Angela Merkel, visite as localidades mais prejudicadas na zona oriental do país, como Bitterfeld.

Enquanto isso, na República Tcheca, mais de 7.000 famílias continuavam hoje privados de eletricidade, gás e calefação devido às enchentes, informou a "Rádio Praga".

Cerca de uma centena de localidades estão total ou parcialmente alagadas na região de Boêmia noroeste.

A região de Usti nad Labem, situada junto à fronteira com a Alemanha, é uma das mais afetadas deste país, e continua em estado de emergência. Aqui, o nível do rio Elba alcançou esta madrugada seu "ponto crítico", com um volume de até 10,7 metros.

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Mais de 11 mil pessoas teriam que ser desalojadas nas últimas horas. Há previsões de que aqui o Elba continue subindo até atingir seu nível máximo, de 11,5 metros.

O Ministério da Saúde tcheco advertiu que as enchentes poderiam causar doenças infecciosas na população, e preparou as reservas de vacinas contra tétano e icterícia de tipo A e B.

Por outro lado, na Áustria, o número de mortos por causa das inundações chegou hoje a quatro, após ser encontrado na região de Vorarlberg os corpos de duas pessoas aparentemente afogadas, que se somam às mortes de outros dois homens em Salzburgo e Vorarlberg, informou a agência "APA".

No estado federado de Baixa Áustria, mais de 250 bombeiros e vários voluntários transportavam esta manhã sacos de areia para proteger e fortalecer uma barreira no Danúbio que a água ameaça ultrapassar.

Embora na maior parte do território alpino o volume dos rios esteja descendo lenta e paulatinamente, a situação continua tensa porque muitos diques ameaçam ceder à pressão da água.

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Em outros países, como a Eslováquia, as autoridades decidiram aumentar o número de soldados para que vigiem as áreas mais críticas dos transbordamentos.

O nível do Danúbio em Bratislava se situava esta manhã em torno dos 10,24 metros, segundo a agência eslovaca "TASR".

Apesar de algumas áreas urbanas já estarem alagadas, como o Jardim Botânico e a parte inferior da Universidade Comenius, os responsáveis públicos asseguram que a capital deveria poder resistir, com as medidas de proteção, a alta das águas.

O Danúbio, que com seus 2.857 quilômetros é o segundo rio mais longo da Europa (depois do Volga), não só causou estragos na Alemanha, Áustria e Eslováquia.

Na Hungria, por exemplo, começaram as evacuações em várias localidades situadas em suas margens e cerca de 250 pessoas foram afetadas.

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O Governo húngaro mobilizou o Exército para que, junto com milhares de voluntários, avançou nas tarefas de prevenção.

Os alarmes também soaram na Romênia, último país pelo qual flui o Danúbio antes de desembocar no Mar Negro, perante o risco de inundações durante a semana que vem.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente romeno advertiu em comunicado, as previsões apontam para que entre 13 e 15 de junho o volume do Danúbio superará as chamadas "cotas de defesa", ou seja, o nível a partir do qual o rio transborda.