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As inundações no noroeste do Paquistão causadas por uma semana de fortes chuvas mataram mais de 800 pessoas. Equipes de resgate tentam acessar áreas submersas e distribuir ajuda humanitária para dezenas de milhares de pessoas presas na região.

Variações no clima combinadas com pesadas chuvas de monções desencadearam as piores enchentes da história do Paquistão nesta semana.

A província de Khyber-Pakhtunkhwa foi a mais atingida. Autoridades afirmam que, até agora, cerca de 800 pessoas morreram, mas o número de vítimas pode ser ainda maior.

No Afeganistão, dezenas de pessoas morreram e milhares tiveram de ser resgatadas das enchentes no nordeste do país. "O nível de devastação é tão generalizado, tão grande, que é bem possível que em muitas áreas, os danos, as mortes não tenham sido reportados", disse o porta-voz do Exército, general Athar Abbas, no sábado.

Mais de 30.000 soldados do Exército paquistanês resgataram mais de 19.000 pessoas das áreas atingidas, mas as autoridades reconhecem que ainda podem haver vítimas esperando por ajuda em áreas remotas como Kohistan, Nowshera, Dir e no vale de Swat. "Praticamente não há mais pontes em Swat.

Todas as pontes principais e secundárias foram destruídas completamente", disse Abbas sobre o vale turístico. As agências humanitárias afirmam que mais de 500 mil pessoas foram afetadas pelas enchentes e deslizamentos de terra no noroeste, onde mulheres e crianças correm mais riscos. "Há agora um risco real de disseminação de doenças pela água, como diarréia, asma, alergias de pele e talvez cólera nestas áreas", disse a gerente Shaharyar Bangash, do Programa World Vision no Paquistão. O departamento de meteorologia prevê mais chuvas nos próximos dias.

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