O detetive que lidera a investigação britânica sobre a morte da princesa Diana afirmou ter encontrado novas testemunhas e provas periciais a respeito do acidente de carro ocorrido em um túnel de Paris em 1997.
O ex-chefe da polícia metropolitana de Londres Sir John Stevens, comandante das investigações sobre a morte da princesa, recusou-se a fornecer mais detalhes.
Stevens deu estas declarações durante uma festa literária realizada no sul da Inglaterra, onde lançava um livro. As afirmações dele apareceram nos meios de comunicação britânicos nesta quarta-feira.
Uma porta-voz da Scotland Yard (polícia britânica) confirmou que novas provas tinham sido encontradas:
- Como era de se esperar, novas testemunhas foram entrevistadas e novos indícios foram analisados como parte das investigações.
Diana, o namorado dela, Dodi al-Fayed, e o motorista Henri Paul morreram no dia 31 de agosto de 1997, quando a Mercedes no qual estavam bateu durante uma fuga de paparazzi que os perseguiam em motos.
Uma investigação das autoridades francesas realizada em 1999 determinou que o acidente havia sido provocado pelo fato de Paul estar bêbado e dirigindo rápido demais.
Porém, as circunstâncias da morte continuam a provocar polêmica. O pai de Dodi, Mohamed al-Fayed, que é proprietário da loja de departamentos Harrods, disse acreditar que seu filho e Diana foram assassinados pelos serviços secretos britânicos porque o relacionamento deles era constrangedor para a realeza britânica.
Fayed afirmou que ficou satisfeito com o surgimento de novas testemunhas.
"Sei que se tratou de um assassinato", declarou, em um comunicado. "E eu fico satisfeito ao ouvir que lorde Stevens encontrou novas testemunhas e novas provas periciais".
"Tenho confiança de que ele não será pressionado pelos serviços de inteligência que, segundo acredito, executaram meu filho, Dodi, e Diana", acrescentou.
O casamento da princesa com o herdeiro do trono britânico, príncipe Charles, terminou em 1992. No ano passado, Charles casou-se com Camilla Parker Bowles, sua amante de longa data.
Segundo Stevens, a equipe de investigadores havia desmantelado completamente a Mercedes envolvida no acidente como parte das investigações. Ele também prometeu avaliar todas as teorias conspiratórias que cercam as mortes.
Para Fayed, Stevens não deveria se apressar na conclusão das investigações.
"Eu espero apenas que ele não seja forçado a 'fixar um limite' antes de chegar à verdade".
O relatório de Stevens deve ser divulgado ainda neste ano.
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