O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, que se encontrou nesta terça-feira em Nova York com seu homólogo da Venezuela, Yván Gil| Foto: EFE/EPA/SARAH YENESEL
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O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, reuniu-se nesta terça-feira (24) em Nova York com seu homólogo venezuelano, Yván Gil, e garantiu que a China continuará a apoiar a Venezuela na defesa da sua “soberania e dignidade nacional”, independentemente das mudanças no cenário internacional.

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“A China e a Venezuela são bons amigos e parceiros e, independentemente de como mudem as circunstâncias internacionais, a China continuará a apoiar a Venezuela na defesa da sua soberania e dignidade nacional, bem como no desenvolvimento econômico e social do país”, disse Wang, segundo um comunicado da chancelaria chinesa.

Wang transmitiu saudações do ditador chinês, Xi Jinping, e felicitou Nicolás Maduro por sua “reeleição”, uma posição que contrasta com a da União Europeia (UE), que hoje reiterou que não reconhece a legitimidade do ditador venezuelano, segundo o alto representante para Relações Exteriores do bloco, Josep Borrell.

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As declarações reafirmam a posição diplomática da UE depois de nesta semana o Parlamento Europeu ter aprovado uma resolução não vinculativa que reconhece Edmundo González como o legítimo vencedor das eleições venezuelanas de 28 de julho.

“O povo venezuelano se unirá e superará os desafios, alcançando novos sucessos no desenvolvimento do país”, afirmou o chanceler chinês.

Por sua vez, Gil destacou que no ano passado os ditadores da Venezuela e da China elevaram suas relações a uma “associação estratégica à toda prova”, e que neste ano celebram o 50º aniversário dos laços diplomáticos entre os dois países, marcando um “momento-chave” na sua história bilateral.

Segundo o ministro venezuelano, a Venezuela é “o parceiro mais confiável da China”, comprometida em “continuar a fortalecer a cooperação para o benefício mútuo de ambos os povos”.

A visita de Wang aos EUA terá como ponto principal sua participação na 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, onde representará a China e tentará obter apoio do Sul Global em um momento de atrito com o Ocidente.

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O ministro, que estará em Nova York até 28 de setembro como enviado especial de Xi, também participará no debate de alto nível do Conselho de Segurança e terá reuniões com seus homólogos do G20 e do Brics (Brasil, Rússia, Índia e África do Sul, além de Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia).