Washington - O presidente eleito americano, Barack Obama, se reunirá com o atual presidente, George W. Bush, na próxima segunda-feira para discutir a transição entre os dois governos. O democrata disse "aguardar ansioso" pelo encontro com Bush e a primeira-dama, Laura, "para começar um processo de transição tranqüila e efetiva".
"Eu o agradeço por ter mostrado o espírito de bipartidarismo que será necessário para resolver os muitos desafios que nós enfrentamos como nação", disse, em comunicado enviado à imprensa.
No começo da tarde de ontem, o presidente Bush se reuniu com os membros do seu gabinete e depois fez um breve discurso aos funcionários da Casa Branca. Bem-humorado, ele brincou com seus cabelos brancos após oito anos de mandato e pediu que todos mantenham "a decência e o profissionalismo" para ajudar na transição entre seu governo e o do democrata.
"Esta transição pacífica de poder é um dos pilares da democracia", disse Bush, acrescentando que a transição é prioridade nos últimos 75 dias de seu mandato. "Para lidar com a crise financeira global, o secretário do Tesouro está trabalhando inúmeras horas. Eu farei uma reunião global em 15 de novembro para discutir isso com os líderes do mundo, adiantou Bush, sobre a crise financeira que manchou seu mandato.
O republicano que deixa a Casa Branca com os menores índices de popularidade das últimas décadas, abaixo de 30% afirmou ainda que seu gabinete está trabalhando para evitar que os terroristas aproveitem os tempos de fragilidade da transição. "Temos terroristas aguardando para nos atacar e ele podem querer aproveitar a transição. Por isso, nestes 75 dias, queremos garantir uma transição tranqüila", disse o presidente, que deixa o cargo em 20 de janeiro, quando Obama toma posse.
Bush afirmou que sua equipe de governo está explicando a Obama a atual situação dos assuntos prioritários do governo, "da Guerra no Iraque à crise financeira". "Estas medidas são um esforço sem precedentes para garantir que o próximo presidente seja capaz de assumir o cargo. Vocês devem continuar trabalhando com decência e profissionalismo como fizeram na minha administração", disse o republicano.
Privilégio
O presidente disse ainda que servir aos cidadãos americanos é um privilégio e ressaltou a importância das eleições gerais de terça-feira, que teve comparecimento recorde de eleitores.
"Nós tivemos 130 milhões de pessoas votando, um dos maiores comparecimentos da história. Não importa em quem você votou e sim que participamos deste processo essencial da democracia, afirmou.
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